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Hora da Eletrobras (ELET3) entrar na “era dos dividendos”? Veja o que diz o BTG

Para analistas do banco, a empresa se tornar uma grande pagadora dos proventos é inevitável

Hora da Eletrobras (ELET3) entrar na “era dos dividendos”? Veja o que diz o BTG
Eletrobras. (Foto: Adobe Stock)

Em uma espécie de “carta aberta” ao conselho da Eletrobras (ELET3), a equipe de análise do BTG Pactual (BPAC11) que acompanha companhias elétricas defendeu que é chegada a hora da ex-estatal entrar na “Era dos Dividendos”.

No relatório “Uma carta para o conselho – é hora para dividendos”, o time de análise afirma que a atual administração da Eletrobras executou várias ações corretas nos últimos anos. Entre os movimentos de destaque feitos neste ano, eles citam a venda dos ativos térmicos, com a neutralização da exposição à inadimplência de contrapartes na “região Amazônica” – notadamente a distribuidora Amazonas Energia -; além da incorporação de Furnas à holding; de corte custos e de novos contratos de venda de energia.

A equipe também avaliou que a empresa está protegendo os direitos dos acionistas na complexa e prolongada negociação com o governo sobre o aumento do poder de voto da União.

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“Em nossa opinião, só falta uma coisa: dividendos. Com o pagamento antecipado da CDE [Conta de Desenvolvimento Energético] para trás, é hora de virar a página para o território da Era dos Dividendos. Isso deve beneficiar muito a empresa (e seus acionistas)”, escreveram os analistas Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende.

Eles se referem ao fato de que a Eletrobras negociava com o governo uma possível antecipação de valores devidos pela companhia para o fundo setorial CDE ao longo dos próximos anos, no âmbito da arbitragem em andamento sobre o poder de voto da União. No entanto, em meio à dificuldade de fechamento de um acordo, o governo acabou optando por uma operação de securitização desses recebíveis e a antecipação dos recursos pela empresa saiu da mesa de negociações.

Para os analistas, a Eletrobras se tornar uma grande pagadora de dividendos é inevitável. Isso porque a companhia possui escala, acesso aos mercados de capital e maturidade dos ativos. Além disso, consideram que é muito difícil que a empresa encontre múltiplas oportunidades de alocação de capital grandes e atraentes. Por outro lado, consideram que o atual plano de investimentos não inviabiliza a distribuição de proventos. “Para nós, sempre foi uma questão de quando a Era dos Dividendos começaria. Acreditamos que as razões para essa era começar agora estão definidas”, disseram.

Dividendos de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões

Os profissionais estimam que a Eletrobras vai gerar cerca de R$ 7 bilhões em caixa em 2025 e consideram que, diante da tendência de queda da alavancagem, um dividendo de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões “se encaixaria no balanço da empresa, sem prejudicar seus compromissos de investimentos e alavancagem”.

“Se eles optarem por seguir esse caminho, acreditamos que entrarão em uma nova fase, muito melhor”, concluem.

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