O Fundo Phoenix, que tem o empresário Nelson Tanure entre os cotistas, fez a melhor proposta e venceu o leilão de privatização da Emae (EMAE4), realizado há pouco na B3, em São Paulo. O Fundo Phoenix, que tem o empresário Nelson Tanure entre os cotistas, fez a melhor proposta de R$ 780 milhões. Com isso, a última estatal do setor elétrico passa às mãos do setor privado.
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Durante sessão realizada na tarde de hoje, o Phoenix disputou com a Matrix Energy e com a francesa EDF, segunda colocada com proposta de R$ 70,31 por ação, correspondente a um ágio de 33,04%. O vencedor do certame passará a gerir um ativo com 906 megawatts (MW) em geração hidrelétrica suficiente para abastecer 825 mil residências na Grande São Paulo.
A hidrelétrica de Henry Borden é o principal ativo da empresa. Inaugurada em 1920 e localizada no pé da Serra do Mar, a usina produz sozinha 889 MW. O portfólio conta ainda com outras três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), oito barragens e duas usinas elevatórias. A empresa também tem papel importante no controle das cheias no Estado, regulando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê e ajudando a prevenir alagamentos. Para isso, é feito o bombeamento das águas do rio para o Reservatório Billings.
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Outro serviço prestado pela Emae é a travessia por meio de balsa. A empresa transporta diariamente pessoas e veículos nas travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso. “Mensalmente, o serviço da Emae realiza uma média de 14 mil viagens e transporta gratuitamente 161 mil passageiros e 158 mil veículos”, informou o Governo do Estado. A privatização da Emae tem significado grande também para o governador Tarcísio de Freitas, que consegue avançar com um processo que vinha sendo considerado um teste para a privatização da Sabesp (SBSP3).