A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quarta-feira (5) um novo acordo comercial que animou o mercado. A empresa informou que uma de suas divisões, a Embraer Executive Jets, assinou um contrato de compra com a Flexjet, líder global no mercado de propriedade compartilhada de jatos executivos. A operação envolve uma frota que inclui os modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, bem como um pacote de serviços e suporte.
O acordo está avaliado em até US$ 7 bilhões a preços de tabela atuais. De acordo com a Embraer, esse é o maior pedido feito pela Flexjet em seus 30 anos de história e também é o maior pedido firme para jatos executivos da fabricante brasileira.
Os investidores se animaram com a notícia. No fechamentoh desta quarta (5), as ações da Embraer dispararam 15,51% cotadas a R$ 66,37 e lideram os ganhos do Ibovespa, depois de oscilarem entre máxima a R$ 66,45 e mínima a R$ 61,01. No ano, os papéis já acumulam ganhos de 18,13%, depois de terem registrado a melhor performance entre os ativos do índice da B3 em 2024.
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Na visão do Itaú BBA, o acordo inesperado reforça a confiança dos investidores no desempenho forte da companhia brasileira, classificada como uma das top picks (preferências) do banco. A casa avalia que os segmentos de aviação executiva e serviços e suporte são dois pontos fortes por trás da tese de investimentos na fabricante de aeronaves – teoria comprovada pelo novo acordo.
O banco projeta crescimento do lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Embraer em pelo menos 10% ao ano até 2028, com uma taxa interna de retorno de aproximadamente 15%. Para a equipe do BBA, a alta liquidez das ações e as tendências positivas na revisão de lucros reforçam a Embraer como uma das empresas de destaque no setor.
Operação reduz risco sobre entregas da Embraer
Para a XP Investimentos, o anúncio é positivo não apenas por reforçar o sólido momento operacional da empresa na aviação executiva, mas também por corroborar as perspectivas de entrega de longo prazo após a atual expansão da capacidade da companhia. “Embora mantenhamos nossas estimativas de entrega e receita inalteradas até agora, acreditamos que tal pedido não apenas garante uma visibilidade mais longa das receitas, mas também reduz o risco de decrescimento de entrega nos próximos anos”, destacam os analistas da corretora.
A casa também acredita que o novo acordo da Embraer (EMBR3) alivia as preocupações em torno de uma possível baixa de ciclo na aviação executiva, reforçando as perspectivas de crescimento para os próximos anos.