

A Embraer (EMBR3) realiza, na próxima quarta-feira (10), um evento em Washington para anunciar “um marco” para a companhia, segundo o convite enviado à imprensa.
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A Embraer (EMBR3) realiza, na próxima quarta-feira (10), um evento em Washington para anunciar “um marco” para a companhia, segundo o convite enviado à imprensa.
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Sem fornecer mais detalhes, a fabricante brasileira disse que o anúncio será o “primeiro do gênero já feito nos Estados Unidos“.
O evento está agendado para às 10 horas no horário local. A lista de participantes inclui o diretor-geral de Aeroespacial e Defesa, Bank of America Global Research, Ronald J. Epstein.
O presidente da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, e o CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, também estarão presentes. O convite cita ainda a presença de um “convidado especial”.
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O anúncio da Embraer ocorre em meio aos esforços da companhia para zerar as tarifas impostas pelos EUA para o setor aeroespacial brasileiro. Apesar do segmento ter sido poupado das sobretaxas, ainda está submetido a uma tarifa de 10%.
A forte presença dos aviões da brasileira no mercado regional dos EUA, sem substitutos em vista, é um dos principais argumentos utilizados pela Embraer na defesa pela tarifa zero. A empresa destaca também que produz no país e tem componentes norte-americanos em suas aeronaves.
De olho em fortalecer a relação com os EUA, a Embraer projeta investir US$ 1 bilhão no país. Desse montante, US$ 500 milhões virão nos próximos cinco anos para expandir as instalações em Melbourne, na Flórida, e construir um novo MRO (centro de manutenção e operações) em Dallas, no Texas. Além disso, a Embraer pretende investir mais US$ 500 milhões em uma nova linha de montagem nos EUA e criar 2,5 mil empregos caso o governo selecione o KC-390.
Os EUA são o principal mercado para a Embraer. As exportações para clientes norte-americanos representam 45% em jatos comerciais e 70% em jatos executivos.
A companhia emprega atualmente quase 3 mil profissionais norte-americanos e possui mais de US$ 3 bilhões em ativos no país. Enquanto isso, cerca de um terço dos voos regionais em grandes aeroportos dos EUA são operados com aviões da Embraer.
“Somos um exemplo de relação ganha-ganha com os EUA”, afirmou o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, em coletiva promovida em meados de julho para comentar os potenciais impactos do tarifaço.
Diante desse cenário, a leitura da companhia é de que ela possui boas bases de negociações com o governo americano. Os acordos recentes com países europeus para zerar as tarifas para o setor aeroespacial também reforçam o otimismo.
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