O Safra iniciou a cobertura de Embraer (EMBR3), com a recomendação de compra para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) e preço-alvo de US$ 38, indicando um potencial de valorização de 31% sobre o fechamento do papel no pregão de quarta-feira (24).
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A retomada da cobertura acontece em meio à expectativa do banco de que o melhor ambiente operacional se traduza em maior rentabilidade para a fabricante brasileira de aviões.
Em relatório, os analistas Luiza Mussi, Rafael Rehder e Luiz Peçanha apontam que o setor vive um momento melhor após a pandemia do covid-19, que havia causado uma redução significativa na oferta de voos e consequentemente nas vendas de aeronaves da Embraer. Com a retomada, o banco avalia que a empresa conta com um forte backlog (relacionado à listas de tarefas), que cresceu 27% desde 2019.
O crescimento de receita, melhorias na rentabilidade da Embraer, uma marca consolidada e uma posição de liderança no mercado também são fatores positivos na avaliação do banco. A arbitragem da Boeing, novos pedidos de KC-390 e a certificação da Eve são fatores que podem adicionar até US$ 12 ao valor da ação da Embraer, avaliam os analistas.
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Dentre os riscos, o banco aponta possíveis dificuldades na cadeia de suprimentos, aumento da concorrência, desaceleração da economia global, falhas em novos lançamentos, dependência de poucos clientes e impactos de questões geopolíticas no segmento de Defesa.
O banco avalia ainda que a empresa é negociada a um múltiplo de 6,9 vezes o relação entre valor da empresa e lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebitda) (EV/Ebitda), um desconto de 25% em relação aos seus pares globais e à sua média histórica de três anos.
Além disso, o Safra estima que a margem Ebit (lucro antes dos juros e impostos) da Embraer (EMBR3) cresça para 9,3% até 2027, de 6,6% em 2023, e que o retorno sobre o capital investido (ROIC) alcance 10,8% até 2026.
*Com informações do Broadcast
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