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- A Enel anunciou no ano passado que vai investir cerca de 9,8 bilhões de euros na América Latina no ciclo 2022-2024, sendo que metade desse montante deve ir para o Brasil.
- País tem condições favoráveis, como crescimento demográfico, que desenham um cenário positivo para os negócios da empresa
- A Enel está investindo em uma planta de painéis na Itália e deve replicar o modelo nos Estados Unidos
A elétrica italiana Enel deve acelerar seu crescimento no mercado de energias renováveis do Brasil nos próximos anos, com novos investimentos em plantas de geração solar e eólica onshore, disse nesta quinta-feira o CEO mundial do grupo, Francesco Starace.
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O executivo afirmou que o Brasil já responde por 40% do crescimento na América Latina da Enel no mercado de renováveis, uma fatia que deve aumentar à medida que o grupo abandona a geração térmica poluente e adiciona mais capacidade renovável ao portfólio.
Segundo ele, o país tem condições favoráveis, como crescimento demográfico, que desenham um cenário positivo para os negócios da empresa.
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“Não tem muitos países com essas condições, na Europa não temos crescimento demográfico… o Brasil está sub-representado no nosso portfólio, no futuro vai ser muito maior do que vários países em que estamos hoje”, disse ele a jornalistas durante evento.
A Enel anunciou no ano passado que vai investir cerca de 9,8 bilhões de euros na América Latina no ciclo 2022-2024, sendo que metade desse montante deve ir para o Brasil. No futuro, a fatia do país nos investimentos da região deve aumentar pra “60% a 70%”, disse o CEO.
Starace também comentou que o grupo avalia investir em fábricas de produção de painéis fotovoltaicos na América do Sul, mas disse que ainda não há uma decisão tomada. Segundo ele, é importante que a companhia tenha produção própria desses equipamentos, tornando-se menos dependente de fornecimento de países como a China.
A Enel está investindo em uma planta de painéis na Itália e deve replicar o modelo nos Estados Unidos, de acordo com o executivo.
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Ainda durante o evento, o CEO disse que a companhia não tem interesse em participar da oferta de capitalização da Eletrobras. Ele observou que o grupo chegou a comprar ativos da estatal brasileira — a distribuidora de Goiás, privatizada há alguns anos–, mas afirmou que não pretende adquirir uma participação acionária.