

A Equatorial (EQTL3) apresentou um resultado sólido no quarto trimestre de 2024, segundo avaliação do Itaú BBA. A frente de distribuição liderou os números, que contaram também com itens não recorrentes, mas ainda foram impactados pelos cortes de geração por razões sistêmicas (curtailment).
Em distribuição, os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha, destacaram um crescimento modesto de volume, com controle de perdas e efeitos mistos entre cada concessão. A mais recente, de Goiás, ainda está pressionando custos, principalmente, na linha de serviços, “refletindo a reestruturação em andamento e os esforços para melhorar os indicadores de qualidade”, citaram.
A instituição financeira também chamou atenção para a provisão significativa relacionada ao negócio de geração distribuída (R$ 444 milhões). “A empresa só começou a reconhecer esse efeito neste trimestre, mas é importante destacar que, ao contrário da Energisa (ENGI11), considerou apenas os impactos relacionados a trimestres anteriores como não recorrentes”, citaram. Há expectativa que o tema seja detalhado na teleconferência sobre o balanço, marcada para as 14h.
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Na frente de geração, os analistas realçaram o desempenho “muito fraco” dos ativos solares Barreiras e Ribeiro Gonçalves no trimestre, com impactos de 32% e 27%, respectivamente, por curtailment.
No todo, a Equatorial está entre as principais escolhas na cobertura de Utilidades Elétricas do banco, “baseada em sua avaliação muito atrativa, qualidade de resultado, crescimento de Ebtida [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] esperado forte e perspectiva de crescimento promissora”. O Itaú BBA recomenda compra do papel e tem como preço-alvo R$ 50,1 por ação.