Há maior otimismo para o mercado de fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) em 2024 que este ano, embora o ambiente prometa seguir desafiador para ativos de risco, segundo especialistas presentes em evento da S&P Dow Jones Indices na última quinta-feira, 29, em São Paulo. Entre as teses que eles estão olhando como melhores apostas estão renda fixa global, descarbonização e tecnologia.
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“Vai ser um ano desafiador, estamos em um mundo de juros altos“, destaca Renato Eid Tucci, sócio e líder de estratégias beta e investimento responsável da Itaú Asset Management. É esse cenário que justifica o interesse na tese de renda fixa global, segundo Paula Salamonde, diretora do segmento institucional e iShares da BlackRock Brasil.
“Continuamos com interesse em renda fixa global, pois achamos que a taxa de juros americana vai continuar higher for longer (mais alta por mais tempo)”, diz a executiva. Para ela, as alocações terão que ser “um pouco mais dinâmicas” em 2024, porque, embora a visão para ETFs seja mais otimista que este ano, será “um mercado com muita volatilidade”.
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Outra tese acompanhada é relacionada ao ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), mirando a economia de baixo carbono. “A economia de transição é algo que temos visto com grande interesse, é uma tese para 2024”, afirma Salamonde. Segundo Tucci, essa agenda se tornou mais material, particularmente porque os efeitos climáticos ficaram “extremamente presentes na nossa vida”. “Mas não vejo de forma pragmática os investidores conscientes de seu poder, como vemos nos consumidores”, diz.
Rafael Silotto, gestor de portfólio da Bradesco Asset Management, diz continuar observando uma tendência interessante no setor de tecnologia, particularmente em inteligência artificial. “Estamos bastante construtivos”, afirma.