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Exterior, orçamento e combustíveis devem apoiar cautela em semana de Fed e IP

Veja a agenda financeira para esta semana

Exterior, orçamento e combustíveis devem apoiar cautela em semana de Fed e IP
(Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

O Orçamento de 2022 sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro fica no foco nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam pela decisão de política monetária do Federal Reserve e discurso do seu presidente, Jerome Powell, na quarta-feira. A semana traz ainda balanços nos EUA, o PIB dos Estados Unidos do quarto trimestre de 2021 e, no Brasil, o IPCA-15 de janeiro.

Lá fora, a semana de decisão do Federal Reserve começa com bolsas internacionais em queda e juros dos Treasuries em alta, enquanto aguardam pela possível sinalização do BC americano de início de alta de juros em março e manutenção das taxas no encontro de quarta-feira. Essa perspectiva de aperto monetário penalizou fortemente as bolsas americanas na semana passada.

O investidor também monitora os desdobramentos das tensões entre Ucrânia e Rússia. Também no radar estão os resultados de índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, Alemanha e Reino Unido. A postura defensiva dos mercados internacionais, à espera de sinais sobre começo do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos, deve pesar nos mercados locais, que podem também manter cautela diante das preocupações com a cena fiscal após a sanção do Orçamento de 2022 com veto de R$ 3,184 bilhões, mais do que R$ 2,8 bilhões anunciados por Bolsonaro no fim de semana, mas bem abaixo do valor sugerido pelo Ministério da Economia, de R$ 9 bilhões em despesas obrigatórias neste ano.

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Bolsonaro sancionou a verba de R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores públicos federais no Orçamento de 2022, recurso negociado para atender os policiais federais, grupo estratégico para Bolsonaro em ano eleitoral, o que deve manter elevada a tensão de demais servidores. Na política, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na sexta-feira, 21, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente, em até dois dias, justificativas aos ataques realizados contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante cerimônia transmitida ao vivo pela estatal TV Brasil. O partido também acusa o ocupante da Presidência de ter realizado propaganda eleitoral antecipada a seu favor.

A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) vai aproveitar o calor do debate eleitoral para retomar a discussão sempre polêmica sobre taxação de grandes fortunas.

AGENDA

IPCA-15 E DADOS DE EMPREGO SÃO DESTAQUES NA SEMANA – O IPCA-15 de janeiro, que sai na quarta-feira, é destaque da agenda doméstica nesta semana. Também na quarta sai a nota do setor externo de dezembro e o Tesouro revela o relatório mensal da dívida pública. Na quinta-feira, o IBGE divulgará taxa de desemprego da PNAD Contínua de novembro e o Caged divulga o número de vagas formais de dezembro, pelo CAGED. A FGV divulgará os dados da sondagem da indústria, na quinta-feira, e do comércio e serviços, na sexta-feira, mesmo dia em que saem os números do Governo Central. A Receita divulga esta semana os dados de arrecadação. Hoje tem relatório Focus (8h25).

DECISÃO DO FED NO FOCO GLOBAL – A decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira, é o evento mais esperado da agenda internacional. Na quinta-feira será conhecida a primeira estimativa preliminar do PIB dos Estados Unidos do quarto trimestre de 2021. Na sexta-feira, sai o PIB da Alemanha do quarto trimestre e rendimento pessoal dos EUA. Hoje tem PMI composto dos EUA (11h45). No radar também estão os balanços nos EUA, entre eles IBM (hoje), Johnson & Johnson e 3M (amanhã), Boeing (quarta-feira), Mastercard, Apple e Visa (quinta-feira), e Caterpillar e Chevron (sexta-feira).