O Facebook corre o risco de ficar para trás no metaverso e perder uma mudança no comportamento dos consumidores se não permitir a propriedade digital, de acordo com alguns dos pioneiros do mundo virtual.
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O Facebook acenou para o crescente mercado no mês passado, anunciando a mudança do nome da empresa para Meta Platforms e foco no “metaverso”. No entanto, com poucos detalhes além da reformulação da marca, os participantes do espaço virtual duvidam que a empresa esteja pronta para abraçar o espírito que impulsiona a criatividade e o lucro no segmento.
“O que o Facebook está fazendo com meta … é um ‘metaverso falso’, a menos que eles realmente tenham uma descrição real de como podemos realmente propriedade nele”, disse Yat Siu, presidente e cofundador da Animoca Brands, um investidor e desenvolvedor de plataformas de metaverso, falando em um painel na conferência Reuters Next.
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“Até agora é apenas a Disneylândia. É um belo lugar para se estar, mas provavelmente não queremos realmente morar lá. Não é o tipo de lugar em que podemos construir um negócio.”
O termo “metaverso” designa uma série de espaços compartilhados que podem ser acessados pela internet. Alguns usam realidade aumentada, por meio de óculos especiais, mas as atuais plataformas com frequência se parecem mas com um videogame do que com a vida real.
Muito dinheiro está circulando por lá. Na semana passada, um “terreno” no mundo online Decentraland foi vendido pelo equivalente a 2,4 milhões de dólares.
As vendas de tais imóveis e outros objetos virtuais, que são normalmente transacionados por meio da tecnologia blockchain e tokens não-fungíveis (NFT), atingiram 10 bilhões de dólares no terceiro trimestre, segundo a empresa de análise do mercado DappRadar.
MAIS DO MESMO, MAS DIFERENTE
Para o também pioneiro do metaverso Benoit Pagotto, cofundador da empresa de calçados virtuais RTFKT, a propriedade digital abre espaço para mudar os papéis das marcas e dos consumidores. “É uma grande mudança (no modo) de funcionamento da relação entre negócios, criatividade e consumismo”, disse Pagotto na Reuters Next. “Um produto não é algo isolado. Você precisa pensar em como pode continuar a atualizá-lo”, disse.
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Nesse meio tempo, há uma corrida para recuperar o atraso, tanto por marcas quanto por advogados que tentam definir o que realmente é a propriedade digital.
Os NFTs não são regulamentados e os fraudadores estão à espreita. Qualquer pessoa pode criar e vender um NFT e não há garantia de seu valor. “Isso está causando um pouco de dor de cabeça para os profissionais do direito que tentam conciliar o vocabulário com o que está acontecendo de fato”, disse Sophie Goossens, sócia especializada em tecnologia e direito da mídia na Reed Smith em Londres.
“Acho que veremos uma mistura de ativos digitais perfeitamente adaptados ao nosso ambiente real”, disse Natalie Johnson, fundadora da Neuno, um futuro mercado para NFTs de marcas de moda, à medida que as empresas de tecnologia lançam óculos de realidade aumentada.
“Você não precisa ser um jogador hardcore para abraçar e brincar com essa nova tecnologia. Será para todos.”
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