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O departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco (BBDC4) estima que pouco mais de 80% da valorização do real neste ano foi impulsionada por fatores domésticos. A maior contribuição, conforme exercícios feitos pelo banco, vem da redução do Credit Default Swap (CDS), um seguro contra risco de calote que serve como termômetro do risco de um país.
Para responder de onde vem a reação do real, o estudo considera tanto o DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas de economias avançadas, quanto o índice de moedas emergentes como influências externas do comportamento do câmbio. Por outro lado, os termos de troca e o diferencial de juros são variáveis domésticas de influência. Já no caso do CDS, embora tenha comportamento afetado por movimentos globais, a melhora na percepção de risco nos dois primeiros meses do ano foi impulsionada por fatores internos, aponta o relatório do Bradesco, assinado pelo analista Marcelo Gazzano.
Após a desvalorização de quase 30% em 2024, o real iniciou 2025 mostrando recuperação expressiva, acumulando valorização de quase 8%. Apesar disso, o banco ainda projeta o dólar a R$ 6,00 no fim do ano, citando riscos no horizonte que impedem uma aposta mais convicta para a taxa de câmbio. Além das incertezas elevadas no cenário global, o Bradesco frisa que os riscos fiscais continuam presentes no Brasil.
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