Dólar é a principal moeda utilizada no comércio exterior. (Foto: Envato)
O gestor da Verde Asset Management, Luiz Parreiras, avalia que a eleição presidencial dos Estados Unidos ainda está muito dividida, mas talvez haja um “ligeiro favoritismo” para o candidato republicano Donald Trump. Segundo Parreiras, se esse favoritismo for confirmado, o dólar deve ser pressionado e o conflito com a China, aprofundado.
“Há várias outros fatores cíclicos mais relevantes para o mercado no curto prazo. Chegando mais perto da eleição, essa discussão vai voltar à tona. Mas se Trump confirmar o ligeiro favoritismo vai causar um dólar mais forte e um aprofundamento do conflito com a China, via tarifa e fechamento do comércio, o que tem consequência inflacionária”, afirmou o gestor da Verde, Parreiras, durante painel no evento Expert XP, na tarde desta sexta-feira (30). No entanto, o gestor não acredita que isso seja o suficiente para que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mude “a trajetória de cortes de juros em que parece estar entrando”.
Bruno Garcia, sócio-fundador e gestor da Truxt Investimentos, destaca ainda que Trump tende a mudar políticas de imigração, mas traz uma “discussão importante” na parte de empresas de tecnologia, com a tendência de ser mais “light” com as regras. O “barulho institucional” com a China, no entanto, é um ponto de preocupação.
Na avaliação dos dois gestores, independentemente de quem ganhar as eleições presidenciais americanas, o importante é que o partido vencedor não tenha o controle da Câmara e do Senado. “O equilíbrio é salutar para o mercado e evita que a gente vá para uma direção extrema”, diz Garcia, da Truxt, ao comentar a disputa eleitoral entre Donald Trump e Kamala Harris.