O Dow Jones subiu 0,62% aos 41.368,45 pontos; o S&P 500 avançou 0,58%, aos 5.663,94 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,07%, aos 17.928,14 pontos. Os dados são preliminares.
Além do acordo com o Reino Unido, Trump comentou sobre negociações em andamento com outros países, expressando otimismo sobre a possibilidade de chegar a outros pactos em breve.
O presidente reiterou que as tarifas contra produtos chineses não subirão além de 145% e que devem diminuir em breve, além de afirmar que falará com o presidente chinês, Xi Jinping, a depender das negociações no sábado.
As ações da ARM Holdings listadas nos EUA caíram 6,2%. A empresa britânica de design de semicondutores e software reportou ganhos ajustados e receita melhores do que o esperado para o quarto trimestre fiscal, mas apresentou perspectiva decepcionante para o trimestre atual.
A Nvidia subiu 0,3% depois que o Departamento de Comércio dos EUA afirmou que não pretende implementar as restrições a processadores de inteligência artificial (IA) definidas pela administração Joe Biden. O novo governo quer substituir a regra que impunha limites sobre quantos chips poderiam ser enviados a países como Índia, Suíça, México e Israel.
Alphabet, a controladora do Google, subiu 1,9% após encerrar ontem com a maior perda porcentual diária desde fevereiro. Segundo a Bloomberg, a Apple estuda remodelar o navegador Safari para focar em motores de busca alimentados por IA. As duas empresas têm um acordo que estabelece o Google como mecanismo de busca padrão no navegador da Apple.
A Coinbase Global avançou 5,1% depois de anunciar que concordou em adquirir a Deribit, uma plataforma de negociação de opções de Bitcoin e Ether, por cerca de US$ 2,9 bilhões. A valorização também foi impulsionada pelos ganhos do Bitcoin, que ultrapassou os US$ 100 mil pela primeira vez desde fevereiro.
Juros dos EUA sobem
Os rendimentos dos Treasuries dos Estados Unidos subiram nesta quinta-feira, em uma sessão favorável a ativos mais arriscados após acordo entre o governo americano e britânico. Movimento reflete ainda os desdobramentos da reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), que adotou um tom cauteloso ontem, sem sinalizar mudanças no curto prazo. Demanda abaixo da média em leilão de título longo da dívida americana também ficou no radar.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 3,893%. O rendimento da T-note de 10 anos avançava para 4,385%, enquanto o T-Bond de 30 anos subia para 4,847%.
A ênfase do presidente do Fed, Jerome Powell, em uma postura de “esperar para ver” fez com que os traders descartassem a possibilidade de corte de juros em junho; agora, suas apostas refletem 80% de probabilidade de manutenção das taxas no próximo mês, contra apenas 42% há uma semana.
Os sinais de desescalada da tensão tarifária – incluindo o acordo comercial com o Reino Unido e o início das negociações com a China, neste fim de semana – também trouxeram estabilidade aos mercados e impulsionaram os rendimentos dos Treasuries de curto prazo neste início de maio.
Além disso, um relatório de pedidos de seguro-desemprego mais robusto nos EUA que o da semana passada deu aos operadores alguma confiança de que o mercado de trabalho americano segue sólido. A alta dos rendimentos dos Treasuries ocorreu após leilão de títulos de 30 anos com demanda abaixo da média, o que contrastou com o interesse maior nas ofertas primárias de papéis mais curtos pelo Departamento Tesouro nesta semana.
Estrategistas do HSBC mantêm convicção neutra em duration no mercado de dívida dos EUA, aguardando que parte das incertezas políticas e econômicas diminuam enquanto buscam valor em títulos de outros mercados desenvolvidos.
Ainda assim, o banco espera rendimentos significativamente mais baixos nos Treasuries até o fim do ano, com projeção de rendimento de 3,50% para o título de 10 anos ao final de 2025.
Os estrategistas do HSBC também destacam que o segmento de vencimento de 10 anos pode superar o de outros prazos. Apesar de uma queda de 27 pontos-base nos rendimentos dos títulos de 10 anos no acumulado do ano, essa retração foi menor do que a observada nos vencimentos de 2 e 5 anos até o momento.
Moedas globais: dólar avança
O dólar avança 1% nesta quinta-feira, impulsionado pelo aumento do apetite por risco após o presidente Donald Trump anunciar o primeiro acordo comercial com o Reino Unido. Além disso, comentários do governo indicam a possibilidade de novos acordos na próxima semana, incluindo negociações com a China neste fim de semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 1,02%, alcançando 100,640 pontos. Por volta das 17h00 (horário de Brasília), o dólar avançava para 145,90 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1226 e a libra esterlina era negociada em baixa, a US$ 1,3245.
O dólar iniciou o dia em alta, impulsionado pelos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a ausência de pressa para cortar os juros. A moeda americana ganhou força com o acordo, mas perdeu terreno quando detalhes indicaram que algumas tarifas sobre produtos continuariam em vigor. No entanto, retomou os ganhos e atingiu a máxima intradia de 100,717 após os comentários de Jamieson Greer, destacando as negociações comerciais, especialmente com a China.
A libra se valorizou contra o dólar após o corte de juros pelo Banco da Inglaterra, mas perdeu força após o anúncio do acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido, que, segundo analistas, pode favorecer mais os americanos. Contudo, a libra atingiu a máxima de um mês frente ao euro, de acordo com Michael Pearce, da Oxford Economics.
“O novo acordo comercial anunciado entre o Reino Unido e os EUA não deve alterar as previsões econômicas”, afirma Pearce. “O acordo oferece um alívio limitado sobre tarifas de automóveis, aço e alumínio, enquanto a tarifa geral de 10% continua em vigor.”
Por sua vez, o peso argentino se recupera contra o dólar, após ter registrado ontem o maior colapso desde a introdução do novo sistema de flutuação com faixas e o relaxamento das restrições.
*Com informações da Dow Jones Newswires