O Dow Jones subiu 0,24%, aos 42.967,62 pontos; o S&P 500 avançou 0,38%, aos 6.045,26; e o Nasdaq fechou em alta de 0,24%, aos 19.662,48 pontos.
Após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), na quarta-feira, o índice de preços ao produtor (PPI) também veio abaixo do esperado, reforçando as expectativas por mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Enquanto isso, o presidente Donald Trump reiterou seu pedido por um corte significativo na taxa de juros e confirmou planos de impor novas tarifas unilaterais a parceiros comerciais nos próximos dias, ao mesmo tempo em que expressou confiança em um acordo comercial com a China.
As ações da Boeing despencaram 4,79% depois que um avião da Air India com 242 passageiros caiu logo depois de decolar nesta quinta-feira, perto da cidade indiana de Ahmedabad. Segundo as autoridades indianas, somente uma pessoa a bordo do Boeing 787 sobreviveu e dezenas ficaram feridas no solo.
As ações da GE Aerospace caíram 2,25%. Os motores GEnx da empresa equipavam o 787 da Air India.
As ações da Oracle avançaram 13,3% após a empresa divulgar lucro ajustado do quarto trimestre fiscal acima das estimativas dos analistas. A receita também cresceu, especialmente no negócio de infraestrutura em nuvem.
A BioNTech concordou em adquirir a empresa de biotecnologia CureVac por US$ 1,25 bilhão, numa tentativa de ampliar seu portfólio de medicamentos contra o câncer. As ações da CureVac dispararam 37,6%, enquanto as ações da BioNTech listadas nos EUA caíram 0,51%.
A Chime saltou 37% em sua estreia na Bolsa após precificar ações com um valor acima do inicialmente previsto em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).
A Voyager Technologies perdeu 12,4% nesta quinta-feira, um dia após a empresa de tecnologia de defesa e espacial estrear na bolsa com avanço de 126% sobre o preço inicial de oferta.
Juros dos EUA operam em baixa
Os rendimentos dos Treasuries operaram em queda hoje, em uma sessão que contou com a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de maio nos Estados Unidos, que veio mais brando que o esperado por analistas. Além disso, as tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus aliados estiveram no radar, com novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump, e incertezas sobre os efeitos do acordo anunciado com a China. O dia contou ainda com um leilão de T-bond de 30 anos, com demanda um pouco acima da média.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 3,903%. O rendimento da T-note de 10 anos caía a 4,354%, enquanto o do T-Bond de 30 anos recuava para 4,833%.
O PPI dos EUA subiu 0,1% em maio ante abril,, e na comparação anual, avançou 2,6% em maio. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,2% e acréscimo anual de 2,6%. Segundo a Capital Economics, os investidores estão focados nos potenciais impactos inflacionários das tarifas. “Esperamos que a inflação subjacente suba nos próximos meses, principalmente porque diversas empresas notaram que os aumentos de preços ocorrerão neste mês. Mas acreditamos que os investidores já estão preparados para um resultado tarifário amplamente semelhante ao que esperamos – tarifa universal de 10% e uma alíquota efetiva mais alta, talvez 40%, sobre a China”, aponta a consultoria. “Como resultado, não esperamos muita pressão ascendente sobre os rendimentos dos Treasuries, mesmo que o impacto inflacionário das tarifas acabe afetando os preços ao consumidor nos EUA”, afirma.
“Na margem, pode haver espaço para que a incerteza inflacionária alimente prêmios de prazo mais altos para os Treasuries. Afinal, as estimativas dos prêmios de risco de inflação das T-notes de 10 anos são baixas em relação aos padrões anteriores, e as medidas de incerteza inflacionária entre analistas aumentaram”, pontua. Isso, juntamente com o risco crescente de uma crise fiscal nos EUA, aponta para riscos de alta para os rendimentos dos Treasuries. “Mas nossa previsão central ainda é de apenas um pequeno aumento no rendimento de 10 anos até o final de 2025, dos atuais 4,44% para 4,50%”, conclui.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos leiloou hoje US$ 22 bilhões em T-Bond de 30 anos, com rendimento máximo de 4,844% – acima da média recente de 4,548%, de acordo com o BMO. A demanda excluindo dealers foi de 88,6%, ante a média de 86%, segundo a BMO Capital.
Moedas globais: dólar cai e leva DXY a menor nível em 3 anos
O dólar se desvalorizou frente a seus principais pares globais ao longo desta quinta-feira, pressionado pelos dados de inflação dos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado, e pela ameaça do presidente Donald Trump de impor novas tarifas unilaterais a parceiros comerciais nos próximos dias, reacendendo os temores sobre a guerra comercial global.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em baixa de 0,71%, a 97,927 pontos. Nas mínimas do dia, o DXY chegou a tocar menor nível desde março de 2022.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar caía para 143,56 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1578 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3602. Nas máximas, o euro escalou ao pico desde outubro de 2021.
Hoje, o índice de preços ao produtor (PPI) benigno somou-se ao índice de preços ao consumidor (CPI), divulgado ontem, e indicou sinais de que a inflação segue comportada nos EUA. O dado consolida apostas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) à frente, o que ajuda a pressionar a moeda americana.
A queda do dólar pode refletir também o impacto defasado da realocação de portfólios de investidores para fora dos EUA, afirma Chris Turner, do ING Group. Segundo ele, esses movimentos podem incluir vendas diretas de ativos americanos ou o aumento nas razões de hedge cambial, o que pressiona o dólar.
O euro também se valorizou após a dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel afirmar que o ciclo de política monetária está “chegando ao fim” à medida que a inflação se estabiliza em torno da meta do BCE.
Na América Latina, o dólar avançava a 1.185,0218 pesos argentinos. Nesta tarde, a agência de estatísticas da Argentina revelou que a inflação ao consumidor no país desacelerou para avanço de 1,5% no confronto mensal de maio.
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*Com informações da Dow Jones Newswires