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- Uma das propostas é restringir transferências imediatas para contas que tenham sido criadas há menos de três meses, considerando que muitas delas são feitas apenas para realização de fraudes.
- Outra ideia é que, nas três primeiras operações, o usuário realize uma dupla checagem (confirmando, por exemplo, os dados via celular e e-mail ou inserindo um código de segurança), o que permitiria a rastreabilidade das informações.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) enviou ao Banco Central propostas para aumentar a segurança na utilização do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo BC. Depois do aumento de fraudes e crimes com a ferramenta, a autoridade monetária já adotou novas regras, como a limitação a R$ 1 mil para transferências no período noturno, mas a Fecomercio SP avalia que as medidas são insuficientes. “Os criminosos utilizam contas laranja e/ou contas de aluguel/passagem para cometer atos ilícitos e direcionar rapidamente os recursos extraídos, de forma que não seja possível o rastreamento dos valores”, disse a Fecomercio SP, em nota.
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Nesse sentido, uma das propostas é restringir transferências imediatas para contas que tenham sido criadas há menos de três meses, considerando que muitas delas são feitas apenas para realização de fraudes. A federação também sugere combinar essa regra com a adoção de medidas para verificar a identidade de recebedores. A ideia é que, nas três primeiras operações, o usuário realize uma dupla checagem (confirmando, por exemplo, os dados via celular e e-mail ou inserindo um código de segurança), o que permitiria a rastreabilidade das informações.
A Fecomercio SP ainda propõe aumentar os critérios para abertura de contas digitais, como confirmação da veracidade de documentos enviados via reconhecimento fácil, biometria ou código PIN.
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O assessor econômico da Fecomercio SP, Fábio Pina, reconhece que as medidas não vão acabar com o problema, mas tendem a dificultar ações criminosas e/ou a facilitar a identificação de transações suspeitas, como quando uma conta fica parada por meses e, na sequência, começa a receber várias transferências por Pix.
Pina ainda frisa que as medidas são apenas sugestões para o BC, que tem mais informações sobre o modus operandi das fraudes e crimes, e, portanto, pode ter sugestões melhores para aumentar a segurança do Pix.
“O Pix é uma excelente ferramenta. É bom para consumidor e para empresário. Mas as operações entre pessoas físicas têm gerado insegurança. Então estamos propondo criar mais critérios de segurança. Naturalmente, tem um custo de transação para o cliente, que pode ter que ficar esperando mais para receber um Pix ou ter que ir a um caixa fazer a biometria, mas a solução tem que ser simples, maximizar o benefício e minimizar o risco”, explicou em entrevista.