(Estadão Conteúdo) – Presidente da distrital de Richmond do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Thomas Barkin afirmou que o atual aumento no nível dos salários nos Estados Unidos tem exercido pressão de alta sobre a inflação no país. Ainda que outros fatores, como gargalos na oferta de suprimentos, estejam provocando o avanço inflacionário, a “pressão salarial” também é parte da equação, segundo ele.
Em texto publicado no site do Fed de Richmond nesta terça-feira, Barkin explica que a alta nos salários se dá pelo aumento do “salário de reserva”, como é chamado o menor valor de pagamento pelo qual um trabalhador desempregado estaria disposto a receber para aceitar um emprego. De acordo com o dirigente, o salário de reserva de trabalhadores com renda menor que US$ 60 mil por ano e aqueles sem diploma universitário subiu mais de US$ 10 mil, ou 26%, entre março do ano passado e igual mês de 2021.
De acordo com Barkin, ainda é cedo para ter certeza se o elevado nível do salário de reserva, que pressiona a oferta de mão de obra nos EUA, se sustentará. Segundo ele, é possível que o avanço da vacinação contra a covid-19 no país, o término dos benefícios adicionais a desempregados e a reabertura de escolas façam com que “o incentivo para reduzir a oferta de trabalho enfraqueça”.
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