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Fed deve ter altas de 0,5 pp nos juros, mas sem ir longe, diz Evans

Fed não deve aumentar os juros tão rápido de forma que não tenha tempo suficiente para avaliar as pressões

Fed deve ter altas de 0,5 pp nos juros, mas sem ir longe, diz Evans
Sede do Federal Reserve. Foto: REUTERS/Chris Wattie/File Photo
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  • Um relatório do governo deve mostrar, na terça-feira, que os preços ao consumidor dos EUA subiram 8,4% no mês passado, nível muito acima da meta de inflação de 2% do banco central.

O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, sinalizou nesta segunda-feira que não necessariamente se oporia à elevação dos juros para um cenário neutro de 2,25% a 2,5% até o final do ano, ritmo que exigiria alguns ajustes de 0,50 ponto percentual na política monetária nas próximas reuniões do banco central.

“Cinquenta (pontos-base) são obviamente dignos de consideração; talvez seja altamente provável, mesmo se você quiser chegar ao ponto neutro até dezembro”, disse Evans ao Detroit Economic Club.

Mas ele acrescentou que o Fed não deve aumentar os juros tão rápido de forma que o banco central não tenha tempo suficiente para avaliar as pressões inflacionárias e ajustar a política monetária em resposta.

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“Acho que a opcionalidade de não ir longe e rápido demais é importante”, disse. “Então eu focaria a atenção em onde queremos estar no final do ano.”

O Fed elevou sua taxa básica no mês passado pela primeira vez em três anos e, com o avanço da inflação, espera-se que o banco central acelere seu ritmo de altas dos juros e adote aumentos de 0,5 ponto percentual em algumas reuniões, em vez dos incrementos normais de 0,25 ponto.

Evans, há muito tempo do lado mais tolerante em relação à inflação dentro do espectro de posicionamento das autoridades do Fed, disse que achava que o banco central deveria subir a taxa de juros até uma faixa de 2,25% a 2,5% ao longo do próximo ano, mas nesta segunda-feira afirmou não acreditar que acelerar esse processo em até três meses prejudicará a economia.

“Acho que há um bom ímpeto na economia” e os mercados de trabalho continuarão fortes à medida que os juros sobem para o patamar neutro, disse ele. Mas, quando as taxas de juros chegarem lá, afirmou, o Fed precisa estar atento às perspectivas para a economia e ao estado da inflação.

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Um relatório do governo deve mostrar, na terça-feira, que os preços ao consumidor dos EUA subiram 8,4% no mês passado, nível muito acima da meta de inflação de 2% do banco central. Formuladores de política monetária do Fed como Evans dizem esperar que as pressões recuem este ano, à medida que restrições de oferta diminuem e custos de empréstimos mais altos pressionam a demanda.

Até o final deste ano, afirmou Evans, o banco central saberá muito mais.

“Será que algumas dessas pressões de preços terão atingido o pico e começarão a cair? Ou continuarão altas -ou serão ainda mais altas?” disse Evans. “E se for por causa de preocupações com a oferta, pressões reais de recursos, haverá muito ranger de dentes sobre a inflação versus a preocupação com a economia. E acho que encontrar o equilíbrio certo sempre terá um custo.”

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