(Letícia Simionato e Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) acreditam que o aperto monetário pode reduzir o ritmo de crescimento, mas consideram ser “crucial” levar a inflação à meta de 2%. A avaliação está na ata da reunião de política monetária mais recente do da instituição, publicada há pouco.
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De acordo com o documento, os dirigentes concordaram que os indicadores recentes de gastos e produção haviam abrandado. “No que diz respeito à atividade econômica atual, os membros observaram que os gastos do consumidor, a atividade habitacional, o investimento empresarial e a produção industrial desaceleraram em relação às robustas taxas de crescimento observadas em 2021”, diz o texto.
No entanto, os dirigentes, em geral, julgaram que a maior parte dos efeitos sobre a atividade real ainda não havia sido sentida, devido a defasagens associadas à transmissão da política monetária, e que, embora uma moderação no crescimento econômico devesse apoiar o retorno da inflação a 2%, os efeitos da política monetária os preços ao consumidor ainda não eram aparentes nos dados.
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Entre os participantes do mercado, a opinião é que os mercados financeiros durante o período entre as reuniões refletiram uma elevada incerteza sobre as perspectivas. “A maioria dos participantes do mercado pareceu ver uma moderação da inflação e um crescimento econômico mais lento, mas ainda positivo, como o cenário mais provável”, traz o documento.
Além disso, segundo os investidores consultados, as condições financeiras melhoraram modestamente ao longo do período, mas permaneceram substancialmente mais apertadas do que no início do ano.