O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,6 pontos em novembro, após queda de 3,8 pontos em outubro, informou nesta segunda-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 92,1 pontos, o pior resultado desde julho de 2020.
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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), também recuou: queda de 0,9 ponto percentual, chegando a 79,8%.
O recuo do ICI em novembro aconteceu de forma disseminada entre as aberturas do indicador (14 dos 19 segmentos analisados apresentaram queda). O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 4,6 pontos, para 91,8 pontos, o menor patamar desde julho de 2020, período crítico de lockdown da pandemia brasileira.
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O resultado do ISA foi puxado por queda de 6,6 pontos do indicador que mede a percepção sobre a demanda no momento, para 91,5 pontos, o pior resultado desde julho de 2020 (91,0 pontos).
Houve ainda recuo de 4,9 pontos no indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios, para 89,7 pontos, o pior resultado desde o último mês de fevereiro. O nível de estoques também piorou 1,6 ponto, chegando a 104,8, resultado mais baixo desde julho de 2020 (109,8 pontos). Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
O Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos para 92,6 pontos, também o pior resultado desde julho de 2020. O recuo foi puxado pela queda de 4,5 pontos no indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses, para 87,8 pontos – o critério está abaixo de 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).
No horizonte de três meses, as perspectivas sobre emprego cederam pelo segundo mês consecutivo, caindo 2,5 pontos para 99,3 pontos. É a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 100 pontos após sete meses consecutivos acima do nível neutro, o que sinaliza uma desaceleração das contratações nos próximos meses.
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Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção prevista para os próximos três meses se manteve estável em 91,1 pontos pelo terceiro mês consecutivo.
“Há deterioração das percepções sobre a situação atual decorrente de uma piora da demanda e consequente aumento do nível de estoques, o maior desde o período de lockdown”, afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini.
“Além disso, observa-se uma piora das expectativas para os próximos meses, possivelmente relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro de incertezas para o início do próximo ano”, acrescenta.