A Moody’s avalia que o setor imobiliário da China diminuirá em tamanho e contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) do país no médio prazo, além de dizer que a fraqueza prolongada dele se disseminará a outros segmentos da economia, por meio de vários canais. A agência de classificação de risco informa, em comunicado, que dedica três novos relatórios ao assunto.
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A Moody’s considera que, mesmo com o apoio maior do governo chinês ao setor imobiliário, não deve haver recuperação sustentada nas vendas. Mesmo que o mercado se estabilize no curto prazo, o tamanho do setor e sua contribuição ao PIB devem continuar a declinar, conforme o governo busca reduzir o papel do setor imobiliário na economia.
A fraqueza do setor imobiliário chinês se exacerbou em 2023, diz a agência, em quadro de recuperação modesta após a pandemia no sentimento do consumidor e do investidor. Além disso, o estresse no crédito em grandes incorporadoras privadas tem ampliado a aversão a risco, elevando os desafios de financiamento do setor imobiliário, afirma a Moody’s. Caso as autoridades do país não consigam estabilizar o setor, pode haver mais diferenciação no crédito, reestruturação disseminada de dívidas e perdas contabilizadas, acredita a agência. Já em caso de estímulos de grande escala ao setor imobiliário para impulsionar o crescimento, o papel do setor na economia e no sistema financeiro crescerá de novo. Isso estará em desacordo, porém, com as metas econômicas de mais longo prazo da China, segundo a agência.
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