Não precisar escolher entre os “fundos de papel” e os “fundos de tijolo” é uma forma de proteger os investimentos e diversificar o portfólio no setor imobiliário, principalmente no contexto macroeconômico brasileiro, apostam gestores de carteira. Os fundos multiestratégia cumprem com esse objetivo: seu patrimônio é dividido entre diversos produtos e pode incluir desde títulos (papéis) de dívidas e de outros fundos, até ativos físicos (imóveis). Essa classe de fundos de investimentos imobiliários (FIIs) foi tema de uma das mesas do EQI Renda Fixa Summit, realizado nesta quinta-feira (14) em São Paulo.
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Vitor Martins, sócio e responsável pela área de crédito da VBI Real Estate, acredita que o momento é oportuno para investimento em empreendimentos imobiliários. “Vemos juros caindo e inflação controlada, o que é positivo porque você tem maior participação econômica e pessoas interessadas em comprar imóveis ao mesmo tempo em que a produção não consegue acompanhar a demanda, levando em conta o tempo necessário pros empreendimentos serem realizados”, explica Martins. Isso tende a valorizar o preço dos imóveis, oportunidade que, segundo ele, os fundos multiestratégia conseguem captar, por não investirem somente em papéis.
Marcelo Vainstein, sócio fundador da Canuma Capital, tem uma visão parecida. “Nosso hedge [proteção] é baseado no cenário macro, no que eu acredito que vai acontecer nos próximos 12, 24 meses. O posicionamento entre dívidas e ativos é em função disso”, afirma.
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A Canuma Capital tem hoje o FII Canuma Capital Multiestratégia (CCME11), que tem aproximadamente 60% alocado em crédito e 40% em imóveis, de acordo com Vainstein.
“O escopo de investimento dos fundos multiestratégia tem quase cinco vezes o escopo dos fundos imobiliários. Criamos o multiestratégia porque, como gestores, não necessariamente os melhores investimentos estão em FIIs”, diz.