O presidente dos conselho de administração da Marfrig (MRFG3) e da BRF (BRFS3), Marcos Molina, disse à Bloomberg que o foco neste ano é melhorar os resultados da BRF antes de discutir uma possível fusão entre as duas empresas de carne. “A primeira coisa é consertar a companhia”, disse o executivo em entrevista à agência de notícias, sugerindo que tanto BRF quanto Marfrig devem se concentrar nas suas respectivas operações neste ano. “Depois disso, há movimentos estratégicos que poderemos fazer no futuro.”
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Segundo Molina, a BRF está retornando aos níveis de lucratividade de 2019, que desde então se deterioraram por causa dos altos custos de grãos e da pandemia de covid-19, entre outros fatores. “Com a administração muito mais próxima de nosso perfil – que é operacional -, houve melhoras. Não podemos esquecer que a BRF passou por dois anos de preços altos de grãos”, afirmou, acrescentando esperar um cenário bem mais favorável de custos de grãos no segundo semestre deste ano e em 2024.
Para o executivo, o principal objetivo é obter margens em torno de 15%. “Mas isso também depende de condições de mercado, como preços de grãos e demanda por carne”, disse. “Resultados não vêm no primeiro ano.”
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Molina destacou ainda que vê muito mais oportunidades na BRF do que em qualquer outra companhia que a Marfrig comprou no passado. “É uma empresa brasileira e um negócio que já conhecemos, diferentemente daquelas outras companhias. Temos convicção de que conseguiremos (melhorar os resultados). É só uma questão de quando.”