As ações da GetNinjas (NINJ3) operam em forte alta nesta sexta-feira (13) na B3. Às 16h12, os papéis sobem 16,43% no pregão, cotados a R$ 4,89, após oscilarem entre máxima a R$ 5,20 e mínima a R$ 4,25. O salto ocorre em meio às expectativas de que a Reag Investimentos faça uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pelas ações da empresa.
Investidores passaram a vislumbrar essa possibilidade após a companhia informar na quarta-feira (11) que os fundos ou carteiras sob gestão da Reag passaram a deter 12.701.100 ações ordinárias de emissão da GetNinjas, o que representa aproximadamente 25,004% do capital social total da empresa. O movimento disparou a cláusula de poison pill (mecanismo de proteção para acionistas minoritários contra ofertas de compra) do seu Estatuto Social.
Dessa forma, pelas regras da empresa, após atingir a participação acionária citada, a Reag passa a ser obrigada a lançar uma OPA em até sessenta dias, por um preço por ação correspondente à cotação média ponderada dos papéis de emissão da GetNinjas na B3 nos trinta pregões anteriores ao dia 11 de outubro. O valor deverá ser atualizado pela taxa Selic até a data do efetivo lançamento da OPA.
Conflito com a Reag
A GetNinjas ainda enviou uma notificação à Reag para questionar se a plataforma de negócios havia realizado um acordo de acionistas não declarado com a Arc Capital e a WHG, após as três atingirem uma participação acionária relevante na empresa nos últimos meses. Em resposta, a gestora negou a acusação.
“Inexiste qualquer razão justificável para tanto, de forma que não nos resta alternativa que não seja entender que se trata de nova tentativa de induzir o mercado a erro, apresentando um contexto distorcido sobre o mecanismo previsto no artigo 55 do Estatuto Social da Companhia (cláusula sobre poison pill)”, destacou a Reag em sua resposta.
A GetNinjas, por sua vez, negou as acusações da gestora sobre uma possível tentativa de induzir o mercado a erro. “A companhia refuta as inverídicas ilações feitas pela Reag em sua notificação, reiterando que sua administração vem atuado em estrita observância a seus deveres fiduciários, com o intuito de manter seus acionistas e o mercado devidamente informados a respeito das recentes movimentações verificadas em sua base acionária e suas potenciais consequências”, afirmou a empresa em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).