

Diante do aumento da aversão ao risco devido às crescentes tensões comerciais e à crescente probabilidade de uma recessão nos EUA, o Goldman Sachs atualizou sua tese de ações e reiterou a recomendação de compra para JBS (JBSS3), destacando que a empresa desfruta de demanda relativamente estável e previsível (proteína), com uma das melhores composições de mix entre seus pares (EUA, Brasil e Austrália).
Em relatório, os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann afirmam que a JBS é um dos veículos preferidos para navegar pelos riscos crescentes de recessão.
“A empresa vem gerando fluxos de caixa livre fortes e estáveis (equivalente a 23% de seu valor de mercado), pagando dividendos decentes (rendimento de 10% em 2025), sendo negociada com valuation (valor do ativo) descontado (-14% versus a Tyson), com um histórico sólido em termos de alocação de capital e uma potencial listagem dupla.
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Os analistas observam que após o anúncio do pacote de tarifas dos EUA, o time de economistas do banco reduziu a expectativa de crescimento real do PIB dos EUA para o ano fiscal de 2025 para 1,3% em termos anuais, ao mesmo tempo que aumentou a probabilidade de ocorrência de uma recessão nos próximos 12 meses para 45%. Eles destacam que desde o anúncio do presidente Trump em 2 de abril, o S&P caiu 10%, o Ibovespa cedeu 8%, enquanto o real desvalorizou 4%.
“Com os investidores em modo risk-off (em busca de oportunidades mais conservadoras), reiteramos nossa recomendação de compra da JBS. Proteína animal é, pela sua natureza, uma indústria que goza de uma procura relativamente estável. Carne bovina, frango ou alimento processado, a nutrição continua a ser uma necessidade fisiológica crítica para uma população global que espera-se que cresça a um CAGR (taxa de crescimento anual composta) constante de 0,7% em 20 anos”, destacam.
O banco tem preço-alvo de R$ 50,50 para a ação da JBS (JBSS3) , o que representa um potencial de valorização de 23,7% ante o fechamento do papel no pregão de segunda-feira (7).