

O Goldman Sachs rebaixou as recomendações das ações da B3 (B3SA3) de compra para neutra, considerando que o papel “tem menos espaço para expansão de margem, com riscos potenciais”.
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O Goldman Sachs rebaixou as recomendações das ações da B3 (B3SA3) de compra para neutra, considerando que o papel “tem menos espaço para expansão de margem, com riscos potenciais”.
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“Mantemos nossa visão de que o mix relativamente diversificado da B3 deve sustentar o crescimento futuro da receita, o que, aliado ao controle de custos, deve levar a margens de Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] relativamente estáveis”, destacam os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Lindsey Shema em relatório.
O banco destaca, ainda, que a B3 já possui uma das maiores margens Ebitda do mundo, em 70%, com riscos competitivos potenciais surgindo de concorrentes como a Base, a CSD e a A5X.
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No entanto, por outro lado, o Goldman também observa “risco limitado” de valorização das margens adiante, considerando que processos judiciais pendentes e risco da concorrência permanecem como potenciais obstáculos para a ação da B3.
“Considerando o crescimento dos derivativos, a valorização das expectativas de ações pode depender das taxas. Esperamos que as receitas de FICC continuem a melhorar à medida que o ADV se expande, beneficiando-se da volatilidade contínua e do lançamento de novos produtos”, estimam os profissionais.
Para eles, contudo, as receitas de ações devem permanecer relativamente estáveis à medida que o volume financeiro médio diário (ADTV) se recupera gradualmente, particularmente em um contexto de taxas ainda altas no Brasil.
“Dito isso, observamos que os potenciais fluxos de investidores estrangeiros para o Brasil representam apenas 0,6% do valor de mercado das ações globais, abaixo da média histórica de 1,5% e um pico de 3,0% no início da década de 2010″, dizem.
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“Embora acreditemos que os riscos competitivos sejam gerenciáveis, eles podem continuar sendo um fator de pressão, juntamente com processos judiciais pendentes que podem limitar uma expansão adicional dos múltiplos, considerando o forte desempenho das ações neste ano”, destaca o banco. Em 2025, a B3 acumula alta de 35%.
Atualmente, a ação está sendo negociada com um prêmio de 76% em relação ao índice Ibovespa, com base na relação entre preço e lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, em comparação com uma média histórica de 57%, destaca.
O Goldman Sachs elevou o preço-alvo da B3 de R$ 14,5 para R$ 14,8, uma potencial valorização de 4,37% em relação ao fechamento de ontem. “Nosso preço-alvo é baseado em um modelo de fluxo de caixa descontado (DCF) em três estágios com um custo de capital próprio de 15,4% e implica que a ação deve ser negociada a 15,3 vezes P/L de 2025”, explica o banco.
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