A JBS (JBSS3) apresentou resultados robustos no último trimestre de 2024, destacando-se como uma das empresas mais consistentes entre as coberturas de alimentos na América Latina, de acordo com relatório do Goldman Sachs.
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A JBS (JBSS3) apresentou resultados robustos no último trimestre de 2024, destacando-se como uma das empresas mais consistentes entre as coberturas de alimentos na América Latina, de acordo com relatório do Goldman Sachs.
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A JBS continua com um portfólio geograficamente diversificado o que, segundo o banco, garante um fluxo de caixa contínuo e geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consistente nos próximos 2 a 3 anos. Esse cenário, somado às notícias recentes sobre o processo de listagem dupla, deve continuar a sustentar o bom desempenho das ações da companhia, com recomendação de compra sendo reiterada.
No trimestre, o Ebitda ajustado da JBS cresceu 111% em relação ao ano passado (em reais), superando as expectativas do mercado em 9%, o que representou um aumento de 7% em comparação com as previsões da Goldman Sachs. O impacto do câmbio contribuiu positivamente para o desempenho, especialmente nas operações de carne suína nos Estados Unidos e na Austrália. Além disso, a companhia registrou despesa extraordinária de R$1,4 bilhão relacionada a acordos antitruste e litígios, que foi excluída do Ebitda ajustado.
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O Brasil foi mais uma vez o principal responsável pelo resultado positivo da companhia. A demanda sustentada, preços firmes, crescimento de volume e maior eficiência operacional impulsionaram o desempenho, com a Seara registrando margem Ebitda de 19,8% no trimestre, superando a marca da BRF (BRFS3), que ficou em 16,0%. As vendas de carne bovina no Brasil aumentaram 36% em relação ao ano passado, impulsionadas pelas exportações e pela valorização cambial.
Nos Estados Unidos, o desempenho da carne bovina foi mais positivo do que o esperado, com a JBS expandindo sua margem Ebitda ajustada em 350 pontos base, apesar da desaceleração no ciclo de produção animal.
O foco da JBS continua sendo a geração de fluxo de caixa livre abundante. A companhia reportou R$ 5,5 bilhões em fluxo de caixa no último trimestre, considerando ajustes de litígios e acordos. A alavancagem foi reduzida para 2,2x, o nível mais baixo desde o terceiro trimestre de 2022. Para o Goldman Sachs a JBS segue investindo em projetos de valor agregado e marcas fortes, como salmão, halal, carne suína e ovos, que devem justificar uma avaliação relativa mais alta no mercado.
Além disso, a companhia propôs o pagamento de dividendos adicionais de R$ 2,00 por ação, representando um retorno agregado de 12,3% nos últimos 12 meses, o que reforça sua capacidade de distribuir valor aos acionistas.
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