Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou há pouco que o País segue “prisioneiro de escassez de combustíveis” devido ao monopólio verticalizado da Petrobras, que controla várias etapas do mercado de petróleo.
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“Há 60 anos, havia racionamento de petróleo. Hoje, seguimos prisioneiros de escassez de combustíveis por monopólio verticalizado, que sequer consegue oferecer preços mais baixos para a população, porque é uma commodity.”
A exemplo do presidente de Jair Bolsonaro (PL), Guedes também sugeriu que as margens de lucro da Petrobras são altas. “Em países mais avançados, como nos EUA há 35 petroleiras, nenhuma estatal, com 1/3 da margem de lucro da Petrobras.”
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Guedes ainda falou da “justeza” do pedido aos Estados e municípios para baixar os impostos sobre combustíveis e outros itens essenciais, considerando, segundo ele, que o governo federal já transferiu aos entes regionais R$ 500 bilhões desde 2019. Ele citou a cessão onerosa da Petrobras, a Lei Kandir e as transferências relacionadas à pandemia de covid-19.
O ministro afirmou que os Estados têm R$ 180 bilhões em caixa, então faz sentido pedir colaboração de um terço desse valor, de R$ 60 bilhões. Guedes presta esclarecimentos sobre a política nacional de preços e abastecimento de combustíveis na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.