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Vai receber 13º salário? Veja dicas, oportunidades de investimento e como gerenciar seu dinheiro

A transparência sobre o pagamento do 13º contribui para um ambiente de trabalho mais harmonioso e justo

Vai receber 13º salário? Veja dicas, oportunidades de investimento e como gerenciar seu dinheiro
Confira como funciona o 13ºsalário. Imagem: Envato Elements

O 13º salário é um bônus, correspondente a um salário, oferecido aos trabalhadores no final de cada ano. Segundo o Palácio do Planalto, essa legislação foi criada para garantir que os empregados recebam uma gratificação salarial ao final do ano, especificamente até o dia 20 de dezembro.

Entre fevereiro e novembro, o empregador deve pagar um adiantamento que corresponde à metade do salário do trabalhador do mês anterior. O empregado também pode pedir esse adiantamento durante as férias, se fizer a solicitação em janeiro. Se o contrato de trabalho acabar antes de receber esse pagamento, o contratante pode descontar o que foi adiantado da gratificação a que o trabalhador tem direito.

Abaixo, a tabela traz um exemplo de como funciona o 13º na prática:

Descrição Valores
Salário Mensal de João R$ 2.000,00
Adiantamento (metade do salário) R$ 1.000,00 (metade de R$ 2.000,00)
Meses de Pagamento do Adiantamento Entre fevereiro e novembro
Situação 1: Pagamento do Adiantamento
Mês em que João pediu adiantamento Junho
Adiantamento Pago R$ 1.000,00 (referente a maio)
Opção de solicitar durante férias Sim, se solicitado em janeiro
Situação 2: Rescisão do Contrato
Mês de rescisão Outubro
Prazo para pagamento da gratificação Até 20 de dezembro
Valor a ser descontado da gratificação R$ 1.000,00 (adiantamento recebido)
Gratificação Final Valor total – R$ 1.000,00

 

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Ao receber o 13º, existem diversas recomendações para os que desejam investir esse montante. Segundo Evanilda Rocha, consultora financeira, criadora do método Dinheiro Inteligente, “se você possui dívidas, faça um levantamento criterioso e dê atenção para as dívidas que podem trazer consequência grave como a perda de um bem como casa ou carro”.

Em casos de trabalhadores já financeiramente estáveis mas que ainda não têm a reserva de emergência, é possível separar parte do 13º para essa finalidade. “Nesse caso, pode começar investindo através do Tesouro Direto, no título Tesouro Selic ou em Certificados de Depósito Bancário (CDB) de bancos sólidos rendendo 100% do Certificado de Depósito Iterbancário (CDI) com liquidez diária”, explicou Rocha.

Agora, para os já investidores, a especialista recomenda uma “abordagem equilibrada pode incluir uma combinação de investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto, e renda variável, como ações ou fundos de investimento, dependendo do seu perfil de risco”, afirmou.

Investimentos do 13º por perfil de investidor

Os perfis de investidor são categorizados em três principais tipos: conservador, moderado e arrojado, cada um com características e objetivos distintos em relação aos investimentos. O investidor conservador busca segurança e estabilidade em suas aplicações. Esse perfil geralmente prefere investimentos de baixo risco, como poupança, títulos do governo e fundos de renda fixa. O foco desse investidor está na preservação do capital, o que significa que eles priorizam evitar perdas em vez de maximizar ganhos. Essa abordagem é ideal para aqueles que têm um horizonte de investimento mais curto ou que não se sentem confortáveis com a volatilidade dos mercados.

Por outro lado, o investidor moderado busca um equilíbrio entre segurança e retorno. Esse perfil está disposto a assumir um pouco mais de risco do que o conservador, visando um crescimento mais significativo do capital. Os moderados costumam diversificar seus investimentos, incluindo uma combinação de renda fixa e renda variável, como ações e fundos multimercado. Essa estratégia permite que eles tenham a chance de obter retornos mais altos, enquanto ainda mantêm uma parte do portfólio em ativos mais seguros. O investidor moderado geralmente tem um horizonte de investimento médio e é capaz de tolerar uma certa volatilidade.

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Já o investidor arrojado é aquele que está disposto a correr riscos mais elevados em busca de maiores retornos. Esse perfil se sente confortável com a volatilidade do mercado e investe predominantemente em ativos de renda variável, como ações, criptomoedas e fundos de ações. A busca é por crescimento acelerado e está disposto a aceitar perdas temporárias em suas carteiras para potencialmente obter ganhos substanciais no longo prazo. Esse tipo de investidor geralmente tem um horizonte de investimento mais longo, permitindo que ele suporte as flutuações do mercado e se beneficie de uma recuperação em períodos de baixa.

De acordo com Evanilda Rocha, os tipos de investimento mudam e se adaptam a cada perfil. Veja:

Perfil de Investidor Características Estratégias para o 13º Salário
Conservador Prefere segurança e liquidez. Opta por CDBs de bancos sólidos, Tesouro Selic ou fundos de renda fixa.
Moderado Busca equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Considera, além dos produtos conservadores, fundos multimercados.
Arrojado Disposto a correr mais riscos por maiores retornos. Investe em fundos imobiliários, de índices e/ou de ações, com análise cuidadosa.

 

Quais os investimentos de curto prazo e os setores promissores para o 13º?

Para quem busca investimentos de curto prazo para aproveitar o 13º salário com a possibilidade de resgates rápidos, opções como “Tesouro Selic, CDBs com liquidez diária e fundos DI [são fundos de investimentos em títulos atrelados aos principais indexadores, CDI ou Selic] são bastante recomendadas”, exemplificou a consultora financeira. Esses produtos financeiros oferecem segurança e acesso imediato ao capital, tornando-se ideais para aqueles que podem precisar dos recursos em breve.

Além disso, no cenário atual, setores como tecnologia, saúde e energia renovável apresentam-se como promissores para novos investidores, dada sua trajetória de crescimento. Os fundos imobiliários também se destacam, especialmente com a recuperação do mercado imobiliário.

Contudo, é fundamental que o investidor leve em conta o contexto econômico, tanto global quanto local, pois esses fatores podem impactar o desempenho dos setores e investimentos escolhidos.

Dívidas: posso quitá-las?

“Não há fórmula única que atenda a todos. Cada caso é um caso. No entanto, em geral, é recomendável quitar dívidas antes de investir, já que, até para quitação de dívidas há necessidade de fazer um planejamento. Isto é, pagar dívidas de modo que elas efetivamente diminuam sem parecer que você está ‘enxugando gelo’”, concluiu Evanilda Rocha.

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É fundamental entender a situação financeira individual e a taxa de juros das dívidas. Dívidas com juros altos, como cartões de crédito e empréstimos pessoais, devem ser priorizadas, pois podem se tornar um fardo significativo se não forem tratadas. Assim, ao organizar as finanças, é possível não apenas eliminar as dívidas, mas também criar um espaço saudável para investir no futuro e alcançar objetivos financeiros mais robustos.

Passo a passo de como usar o 13º como um ponto de partida para o investimento

Para Evanilda, a análise financeira cuidadosa e a definição de metas são fundamentais para garantir que o investidor tenha clareza sobre sua situação e objetivos. Em seguida, é essencial construir uma reserva financeira, que serve como uma base sólida para enfrentar imprevistos. Além disso, optar por investimentos conservadores proporciona segurança ao iniciante.

É igualmente importante dedicar tempo ao aprendizado contínuo sobre investimentos, pois isso ajuda a tomar decisões mais informadas. Por fim, manter a regularidade nos investimentos promove um crescimento sustentável ao longo do tempo. Essa abordagem gradual e estruturada torna o investimento mais acessível e menos intimidante para quem está começando.

Veja a tabela abaixo com o passo a passo completo:

Passo Descrição
Analise sua situação financeira e defina objetivos Antes de começar a investir, é essencial entender sua situação financeira atual. Avalie suas receitas, despesas e dívidas. Além disso, defina objetivos claros de investimento, como a compra de um imóvel, a aposentadoria ou uma viagem, para direcionar suas escolhas.
Comece com a construção da reserva financeira Antes de investir, crie uma reserva financeira que cubra de 3 a 6 meses de despesas. Isso proporciona segurança e garante que você tenha recursos para imprevistos sem precisar resgatar investimentos.
Invista em produto conservador de mercado Escolha produtos de investimento que ofereçam segurança, como Tesouro Selic ou CDBs de bancos confiáveis, buscando rendimentos que sejam pelo menos 100% da taxa Selic. Essa é uma forma segura de começar a investir.
Aprenda o básico sobre investimentos Dedique tempo para entender os principais conceitos e tipos de investimentos disponíveis. Conhecer os riscos e as características de cada produto ajudará na tomada de decisões mais informadas.
Prossiga investindo nos próximos meses Depois de iniciar, continue investindo regularmente. Essa prática ajuda a desenvolver o hábito de investir e permite que você se familiarize com o mercado, além de potencializar seus rendimentos ao longo do tempo.

 

Quais são os erros mais comuns ao investir o 13º?

Evanilda Rocha, consultora financeira, explica que investir sem um planejamento adequado pode levar a decisões financeiras equivocadas, sendo essencial ter um objetivo claro antes de alocar recursos. Além disso, concentrar todo o capital em um único investimento pode aumentar significativamente os riscos; diversificar é fundamental para proteger o patrimônio.

Outra armadilha comum é seguir modismos e investir em ativos apenas porque estão na moda, sem uma análise cuidadosa de sua viabilidade. Por último, é crucial não ignorar as taxas e impostos que incidem sobre os investimentos, pois esses custos podem impactar negativamente o retorno final, comprometendo os resultados desejados. Portanto, um investimento consciente exige estratégia e atenção a diversos fatores.

Principais dicas

É possível conciliar uma parte do 13º salário com lazer e consumo, mantendo ao mesmo tempo o compromisso com investimentos. Uma abordagem prática consiste em dividir o 13º em três partes, Evanilda Rocha, consultora financeira, criadora do método Dinheiro Inteligente.

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A primeira parte deve ser destinada a quitar dívidas; se não houver pendências financeiras, essa quantia pode ser investida. A segunda parte é recomendada para cobrir as despesas que costumam ser mais altas no início do ano, como as contas de janeiro. Por fim, a terceira parte pode ser reservada para o lazer e as festividades de final de ano.

Essa estratégia permite desfrutar do 13º salário de forma equilibrada, garantindo segurança financeira e momentos de lazer.