O HSBC rebaixou a recomendação de ações brasileiras de neutra para underweight (desempenho abaixo da média, equivalente a venda), mencionando que considera o Brasil uma “armadilha clássica de valor”.
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Segundo o banco, o valuation (valor do ativo) da Bolsa brasileira parece barato, com Preço por Lucro (P/E, na sigla em inglês) projetado para 12 meses em 6,6 vezes, mas ainda assim “há poucas razões para isso mudar”.
“A decepção dos investidores com o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo criou um ciclo vicioso de taxas de juros mais altas, real mais fraco, inflação mais alta e expectativas de crescimento econômico mais lento”, afirmam Alastair Pinder, Nicole Inui e Herald van der Linde, em relatório enviado a clientes.
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Pinder, Inui e Linde dizem ainda que têm dificuldade de encontrar um comprador de ações em um ambiente com taxas de juros reais acima de 7%, o que afasta investidores locais e fundos que alocam em países emergentes com recomendação overweight (desempenho acima da média, equivalente a compra).
“O mercado dificilmente verá um re-rating até que haja uma queda da taxa de juros e do retorno oferecido pelos títulos de renda fixa, o que pode não ocorrer antes do segundo semestre”, afirma o HSBC.