Também será divulgado o IPCA-15 de junho e os números do Governo Central. Lá fora, destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do primeiro trimestre e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE).
Ibovespa hoje: o que movimenta o índice
Como estão as ações do Ibovespa hoje?
Os bancos operam com sinais divergentes nesta primeira hora de sessão. Bradesco recua 0,21% (ON), tal qual Itaú PN (-0,30%) e units de BTG Pactual (-0,47%). Já Bradesco PN tem leve alta de 0,06%, assim como o Banco do Brasil (+0,38%) e units de Santander (+0,21%). O Ibovespa sobe 0,74% aos 136.775 pontos.
IPCA-15, RPM e PIB dos EUA ficam no foco
Às 08h desta quinta-feira (26), o BC divulgou o Relatório de Política Monetária (RPM) do segundo trimestre, reforçando que o cenário segue desafiador para a convergência da inflação à meta, mesmo com o recente aperto monetário. O documento atualizou as projeções para crescimento, inflação e juros, destacando que a atividade econômica continua surpreendendo positivamente, o que levou a uma revisão do hiato do produto — diferença entre o PIB efetivo e o potencial — de 0,6% para 0,9% no primeiro trimestre. Com isso, o Banco Central revisou para cima sua expectativa de crescimento do PIB em 2025, de 1,9% para 2,1%, pouco abaixo da estimativa de mercado, de 2,2%.
No campo da inflação, o relatório trouxe uma ligeira melhora nas projeções do IPCA: para 2025, a estimativa caiu de 5,1% para 4,9%; para 2026, permaneceu em 3,6%; e, para 2027, subiu marginalmente de 3,1% para 3,2%. Mesmo com esse recuo gradual, o BC avalia que a inflação só deve se aproximar da meta no fim de 2027, mantendo a avaliação de que o processo de desinflação é lento e cercado de incertezas. Esse cenário, combinado a um mercado de trabalho resiliente e um nível de atividade acima do esperado, sustenta a mensagem de cautela na condução da política monetária.
Com a Selic atualmente em 15%, após a alta de 25 pontos-base decidida na última reunião do Copom, o relatório manteve o tom conservador, indicando que cortes nos juros devem ocorrer de forma moderada apenas a partir de 2026. A trajetória usada no documento, com base nas expectativas do Boletim Focus, aponta para uma taxa de 14,75% ao fim de 2025, 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027. Essa postura reflete a necessidade de consolidar os efeitos do aperto já implementado, em especial sobre os indicadores de atividade e inflação, antes de iniciar uma trajetória mais firme de flexibilização.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho desacelerou para 0,26%, abaixo da mediana das estimativas coletadas pela pesquisa Projeções Broadcast, que indicava 0,31%. O resultado representa uma queda frente à alta de 0,36% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (26).
No acumulado em 12 meses, o índice também desacelerou, passando de 5,40% para 5,27%, enquanto a mediana projetada era de 5,32%, com estimativas entre 5,20% e 5,39%.
O desvio absoluto em relação à mediana da pesquisa foi de 0,05 ponto porcentual, menor do que o observado em maio, quando o índice ficou 0,08 ponto abaixo da expectativa central (0,36% contra 0,44%).
Ainda ficam em pauta a coletiva do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, sobre o RPM (11h).
Às 11h, no leilão do Tesouro Nacional foram vendidos 112,5 mil NTN-F, ante 300 mil NTN-F ofertados. A oferta contou com dois vencimentos e teve giro financeiro de R$ 102,1 milhões. O Tesouro vendeu 100 mil NTN-F para 1/1/2031, de 150 mil ofertadas, com taxa máxima de 13,7924% e média de 13,7849%; e 12,5 mil NTN-F para 1/1/2035, de 150 mil ofertadas, com taxas máxima e média de 13,9299%. Não houve corte nas propostas apresentadas em nenhum dos dois lotes.
Bolsas europeias mostram sinais negativos; bolsas asiáticas fecham em queda
As bolsas da Europa operam em alta modesta. às 12h10. a Bolsa de Londres sobe 0,32%, a de Paris sobe 0,08% e a de Frankfurt ganha 0,56%.
A maioria das bolsas asiáticas fechou em queda nesta quinta-feira, com preocupações sobre a independência do Federal Reserve, após ganhos recentes por alívio das tensões no Oriente Médio. Em audiências no Congresso americano esta semana, Powell sinalizou que o Fed não tem pressa de voltar a reduzir juros diante de incertezas sobre os efeitos da política tarifária de Trump, que vem o pressionando por cortes das taxas. O índice japonês Nikkei subiu 1,65% em Tóquio. O Hang Seng caiu 0,61% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi recuou 0,92% em Seul. O Taiex teve avanço de 0,28% em Taiwan. Na China, o Xangai Composto recuou 0,22% e o Shenzhen Composto caiu 0,34%. Na Oceania, o S&P/ASX 200a apontou leve baixa de 0,10% em Sydney.
Dólar e petróleo sobem
Os contratos futuros do petróleo operam em alta modesta na madrugada desta quinta-feira, ampliando ganhos de ontem, após uma queda bem maior do que se previa nos estoques de petróleo bruto dos EUA sinalizar demanda firme e em meio à fraqueza do dólar hoje. Investidores também seguem monitorando a solidez do cessar-fogo entre Israel e Irã. No começo da manhã (de Brasília), o barril do petróleo WTI para agosto subia 0,35% na Nymex, a US$ 65,15, enquanto o do Brent para setembro avançava 0,28% na ICE, a US$ 67,86.
O dólar tem baixa significativa ante outras moedas fortes, voltando a romper o patamar de 98,0 pontos, diante da possibilidade de o presidente dos EUA, Donald Trump, antecipar a nomeação do próximo presidente do Federal Reserve (Fed) a fim de minar o atual ocupante do cargo, Jerome Powell, que tem ignorado apelos do republicano para que volte a cortar juros.
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