Perspectivas de melhora das condições macroeconômicas do Brasil impulsionam o Ibovespa. Após abrir tímido na faixa dos 118 mil pontos, o Índice Bovespa acelerou o ritmo de alta há pouco, renovando máximas acima dos 120 mil pontos, dando um salto de cerca de 2 mil pontos.
Leia também
Com isso, sai de uma elevação módica semanal de 0,32% até ontem para 2,00% na semana, e avança 1,68% no mês. A valorização na carteira do indicador da B3 é praticamente geral: só Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau caíam 1,53% e 1,09%, respectivamente.
“Os mercados estão otimistas, e chama atenção o setor de bancos. Até a curva de juros está fechando bem, devolvendo um pouco do estresse recente e isso reflete nas ações”, afirma Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Por volta de 11 horas, o Ibovespa rompeu a importante marca psicológica dos 120 mil pontos, nível ultrapassado mais cedo no índice futuro, que já sobe ao nível dos 121 mil pontos.
“Se mantiver esse ritmo e indo até além, será ótimo, é uma resistência importante do mercado. Seria relevante no sentido de que caminharia rumo à faixa dos 130 mil pontos que muitos esperam para o Ibovespa no fim do ano”, afirma Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
O Índice Bovespa sobe de forma expressiva em relação às bolsas de Nova York, que avançam em torno de 0,20%, com os investidores se preparando para a agenda forte da semana que vem, com destaque para a decisão sobre juros dos EUA.
A valorização do Ibovespa ocorre apesar da agenda escassa de indicadores e do vencimento de opções sobre ações, que normalmente traz volatilidade. “Causa certa estranheza pois tem vencimento de opções, quando o indicador fica em um nível mais neutro”, diz Mota, da Manchester.
Publicidade
Em meio à elevação do petróleo e a notícias ligadas à empresa, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) acentuam os ganhos para mais de 2,00%, movimento também notório no setor de grandes bancos, em meio ao Desenrola, e papéis ligados ao consumo. Ao mesmo tempo, o dólar à vista aprofundava a queda para R$ 4,7641 (-0,81%), bem como os juros futuros.
Reportagem do Broadcast mostra que ao menos 1,261 milhão de clientes tiveram os nomes “limpos” pelos bancos brasileiros entre segunda-feira (17) e quinta-feira (20), os primeiros quatro dias de funcionamento do programa do governo federal de renegociação de dívidas.
“Os fundamentos não melhorara muito a ponto de levar a uma revisão de lucro para positiva das empresas. Sobe mais por questões macroeconômicas. Com o Desenrola, espera-se queda da inadimplência, o que tira bastante pressão e pode ajudar mais o consumo lá na frente, quem sabe levando a Selic a cair meio ponto porcentual em agosto. Isso ainda não é nosso cenário”, afirma Takeo, da Ouro Preto Investimentos.
Às 11h27, Bradesco subia 1,77% (ON) e 1,88% (PN). Unit de Santander tinha alta de 1,71%, Itaú Unibanco subia 1,37% e Banco o Brasil ON avançava 1,63%. “Desde a covid a maior preocupação era com a inadimplência”, relembra Mota, da Manchester.
Publicidade
Vale passava a subir (0,22%), assim como outras empresas do segmento metálico, em meio às atenções neste mês à reunião do Politburo do Partido Comunista chinês, durante a qual novas medidas de estímulo poderão ser definidas. Hoje, o principal órgão de planejamento do país anunciou uma série de medidas para impulsionar o consumo de carros e eletrônicos.
O Ibovespa subia 1,72%, aos 120.118,47 pontos, após máxima aos 120.3665,37 pontos, quando avançou 1,93% e ante mínima aos 118.085,75 pontos. Do lado do consumo, VIA ON liderava a lista das maiores altas, ao subir 7,89%.