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Ibovespa fecha em alta pela 7ª vez seguida com Petrobras em destaque

Dia também foi marcado pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril

Ibovespa fecha em alta pela 7ª vez seguida com Petrobras em destaque
Antiga sede da B3 em São Paulo. Foto: Maria Clara Matos

O Ibovespa ensaiou uma pausa nesta última sessão de semana em que acumulou ganho de 3,15%, melhor desempenho desde o intervalo entre 10 e 14 de abril, quando havia subido 5,41%. Dessa forma, o índice teve a segunda melhor semana do ano, superada apenas por aquela do mês passado. Hoje, entre mínima de 107.496,89 e máxima de 108.816,78, chegou a oscilar para baixo, mas fechou acima da estabilidade (+0,19%), aos 108.463,84 pontos, com giro financeiro a R$ 25,4 bilhões.

Embora em avanço muito moderado na sessão, foi o sétimo ganho consecutivo para o índice da B3, mais longa série positiva desde os dias 2 a 10 de agosto passado, quando também marcou sete altas. No mês, o Ibovespa sobe 3,86%, limitando a perda do ano a 1,16%. Desde ontem, o Ibovespa sustenta as maiores marcas de fechamento desde 17 de fevereiro. E, no agregado semanal, registrou o terceiro avanço consecutivo, vindo de leves ganhos de 0,69% e 0,06% nas duas anteriores.

Hoje, entre os carros-chefes da B3, destaque para as ações da Petrobras (ON +3,52%, PN +3,22%), na contramão do sinal do petróleo, impelida pela reação favorável do mercado ao balanço trimestral e à distribuição de dividendos anunciados ontem pela companhia. Contudo, o fôlego do índice da B3 foi limitado pelo desempenho de parte dos grandes bancos (Itaú PN -0,92%, BB ON -0,38%, Bradesco ON -0,22%), após série positiva, de recuperação, para o setor financeiro esta semana, em que os ganhos acumulados chegaram a 7,57% (Unit do Santander), considerando as maiores instituições. Vale ON, que operou em baixa na maior parte da sessão, subiu 0,10%.

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Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, Locaweb (+12,01%) e Sabesp (+7,26%), além das duas ações de Petrobras. No lado oposto, JBS (-6,71%), Eztec (-6,46%), Braskem (-4,85%) e CVC (-2,68%).

Na agenda doméstica desta sexta-feira, destaque para a divulgação, pela manhã, do IPCA de abril. “Foi a segunda vez consecutiva que o IPCA finalizou o mês dentro das bandas da meta de inflação no acumulado em 12 meses, atualmente na casa de 4,75%. Ainda assim, a leitura de abril veio acima das expectativas para o mês, o que contribuiu para abertura negativa do índice Bovespa na sessão, e para o dólar em alta. A tendência é de que a Selic seja mantida em 13,75% na reunião do Copom em junho, com possibilidade, ainda, de que os cortes comecem em agosto”, diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

Apesar da percepção de que a Selic caia no segundo semestre, com a leitura desta sexta-feira sobre a inflação, os juros futuros, que vinham fechando, voltaram a ter movimento ascendente hoje, especialmente nos vértices curtos e intermediários, acrescenta o analista. Dessa forma, o índice de consumo, que reúne ações com exposição ao ciclo doméstico, encerrou a sessão da B3 em baixa de 0,45%, enquanto o de materiais básicos, em que estão as ações de commodities, mais correlacionado a preços e demanda externa, subiu 0,49%.

“O resultado de hoje pode reduzir o movimento de queda da expectativa de inflação para 2023”, avalia Darwin Dib, economista da Gauss Capital, destacando aspectos negativos na abertura dos dados de abril, como a piora marginal no grupo de Serviços Subjacentes, assim como nos núcleos do índice, cuja variação média subiu de 0,36% para 0,51%. “A deterioração dos núcleos foi acompanhada por maior difusão da elevação dos preços que compõem o IPCA, a 66%, comparada a 60% no levantamento anterior”, acrescenta o economista.

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Depois de um rali de sete sessões, os profissionais do mercado reduziram drasticamente as perspectivas de alta para o índice na próxima semana, conforme mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. De acordo com o levantamento, 16,7% dos participantes esperam que ganhos para a próxima semana. Na edição anterior, esse porcentual era de 37,5%. Por outro lado, dobrou de 25% para 50% a fatia dos que estimam queda do Ibovespa nos próximos cinco pregões. Entre os que esperam estabilidade do indicador, o porcentual teve pouca alteração, passando de 37,5% para 33,3%.

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