O que você deve acompanhar no Ibovespa hoje. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro abriu em alta, mas logo inverteu sinal e passou a cair levemente 0,05%, aos 150.170 pontos nesta quarta-feira (29). As atenções do mercado estão na temporada de balanços com resultados de grandes bancos, como Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4) no Brasil, e de três das “Sete Magníficas” – Meta, Alphabet e Microsoft – nos EUA. Lá fora, ainda sai a decisão de juros do BC americano.
Há otimismo em torno do encontro de amanhã entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, em Busan, na Coreia do Sul. Trump afirmou ter uma “relação muito boa” com Xi e disse que “muitos problemas serão resolvidos”, ao indicar que pode reduzir tarifas sobre produtos ligados ao fentanil em troca do compromisso de Pequim em conter exportações do opioide.
No exterior, ainda há expectativa de um segundo corte seguido de 25 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além de possíveis sinais do presidente do BC, Jerome Powell, sobre as próximas reuniões.
No Brasil, a indefinição no exterior pode conter uma reação positiva mais forte no mercado de ações brasileiro, apesar do avanço de quase 2% do minério de ferro na China e de 0,40% do petróleo.
No câmbio, o dólar hoje opera em alta ante outras moedas de economia desenvolvidas, mas beira estabilidade ante o real. Após a abertura, a moeda americana cedia 0,01%, a R$ 5,35 na venda.
Ibovespa futuro: veja os principais assuntos desta quarta-feira (29)
Federal Reserve define juros nos EUA
Ibovepa hoje se volya a Trump e balanços em dia de Fed e Powell. (Foto: Adobe Stock)
No meio da tarde, o Fed deverá cortar os juros básicos dos EUA pela segunda vez consecutiva, diante de persistentes sinais de fraqueza no mercado de trabalho americano. A atenção vai se voltar para comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode confirmar expectativas de uma terceira redução das taxas, em dezembro.
A principal aposta – com quase 98% de probabilidade estimada – é de que o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) reduza os juros dos EUA em mais 25 pontos-base na reunião que começa hoje e termina amanhã, conforme levantamento da plataforma americana CME Group. Se confirmada, será a segunda queda consecutiva, que deve levar a taxa básica americana para o intervalo entre 3,75% e 4,00% ao ano.
Santander lucra R$ 4 bilhões no 3º tri
O Santander Brasil (SANB11) teve lucro líquido gerencial, que desconsidera o ágio de aquisições, de R$ 4,009 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 9,4% ante o registrado em igual período de 2024. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 9,6%. Confira o balanço completo.
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O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander avançou 0,5 ponto porcentual em um ano, para 17,5%. Os ativos totais somaram R$ 1,253 trilhão, queda de 2,4% em um ano e alta de 2,4% no trimestre. O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 6,1% em um ano e 1,9% em três meses, para R$ 94,171 bilhões.
Proposta avalia revogar tarifas de Trump impostas ao Brasil
Ainda fica no radar a aprovação no Senado americano de uma medida que revoga as tarifas impostas por Trump ao Brasil.
A proposta, liderada pelo democrata Tim Kaine e apoiada por cinco senadores republicanos, ainda precisa passar pela Câmara, onde deve enfrentar entraves até março de 2026. Paralelamente, o encarregado de Negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, afirmou que os canais com a Casa Branca seguem abertos e propôs novos encontros em 2026, reforçando o bom momento nas relações bilaterais.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Sergio Caldas, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast