Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro opera estável, com leve queda de 0,07%, aos 161.295 pontos nesta sexta-feira (19). As atenções do mercado estão na votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. No exterior, o destaque é o sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan.
Apesar da indefinição inicial, o principal índice da B3 pode acompanhar a valorização do índices futuros de Nova York, em meio ao ambiente favorável para ativos de tecnologia e ainda sob o efeito do índice de inflação ao consumidor nos EUA, abaixo da esperada em novembro.
Na Ásia, as bolsas também subiram, com Tóquio em alta de 1%, após o Banco do Japão (BoJ) elevar os juros de 0,50% para 0,75% ao ano — o maior nível em 30 anos. O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, afirmou que o banco central continuará subindo juros caso a economia e os preços evoluam em linha com as projeções.
A valorização do minério de ferro (0,52%) no mercado futuro da China tende a favorecer ativos do setor, como Vale (VALE3). No pré-mercado de Nova York, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da mineradora já sobem 0,16%.
Da mesma forma, os contratos futuros do petróleo avançam 0,36% e beneficiam os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4), que mostram alta de 0,34% nesta manhã.
No câmbio, o dólar hoje avança ante pares principais no exterior e ante o real. Após a abertura, a moeda americana exibia ganhos de 0,12%, a R$ 5,52 na venda.
Ibovespa futuro hoje: o que movimenta o mercado de ações nesta sexta-feira (19)
A votação do Orçamento de 2026 concentra as atenções. O ministro Fernando Haddad admitiu ontem que o texto “tem desafios, mas é crível”. Ele reconheceu que ainda há ajustes a serem feitos, mas defendeu a necessidade de considerar o ponto de partida do governo, argumentando que as contas públicas seguem desorganizadas desde 2015.
O mercado encerra o ano atento às negociações do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, cujo fechamento foi adiado para janeiro. O último revés ocorreu na quarta-feira (17), quando a Itália se posicionou a favor do adiamento da assinatura do tratado, juntando-se à França.
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Vale lembrar que, na terça-feira, os governos federal e estadual decidiram iniciar um processo de rompimento de contrato com a Enel SP após o último apagão, sendo que o governo italiano detém 23% de participação na empresa. Haddad afirmou ontem que pode valer a pena aguardar caso os europeus precisem de um pouco mais de tempo.
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), alertou para o risco de esfriamento da relação entre Brasil e Europa em caso de novo adiamento.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast