O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Após abrir em queda, o Ibovespa futuro inverteu sinal e agora sobe 0,28%, aos 160.020 pontos nesta sexta-feira (28). O mercado acompanha a taxa de desemprego e o resultado primário do setor público consolidado, além da repercussão do novo plano de negócios da Petrobras (PETR3; PETR4).
No exterior, não há indicadores nos Estados Unidos, onde os mercados acionários e de títulos fecham mais cedo em meio à Black Friday. Por lá, os índices futuros em NY sobem levemente na volta do feriado de Ação de Graças, apoiados pelo apetite por risco e pela expectativa de semana com ganhos acima de 2% em meio a apostas em corte de juros nos EUA em dezembro.
Mesmo assim, a falta de direção única nas commodities tende a limitar ganhos no Índice Bovespa, que já acumula alta semanal de 2,32%. O petróleo avança 0,43% no WTI para janeiro, enquanto o minério de ferro fechou em baixa de 0,19% na China.
No câmbio, o dólar hoje avança ante moedas fortes no exterior, mas beira estabilidade ante o real. Após a abertura, a moeda americana cedia 0,04%, a R$ 5,35 na venda.
Ibovespa futuro: os destaques do mercado de ações nesta sexta-feira (28)
Petrobras divulga Plano de Negócios para intervalo de 2026-2030
Petrobras, a principal petroleira brasileira divulgou novo plano de negócios. (Foto: Adobe Stock)
A Petrobras divulgou ontem o novo Plano de Negócios para o intervalo de 2026 a 2030. A estatal retirou qualquer menção a dividendos extraordinários e projeta um pagamento de dividendos ordinários entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. O valor máximo é US$ 5 bilhões abaixo do previsto no plano anterior, quando ainda havia estimativa de dividendos extraordinários em potencial de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões.
Além disso, a petroleira anunciou um recuo de 1,8% em seu plano de negócios para os próximos cinco anos. No período de 2026-2030, a estatal prevê US$ 109 bilhões de investimentos totais (Capex) – valor cerca de 2% menor que o previsto anteriormente. A informação foi adiantada pela Broadcast no início da noite. Para 2026, o Capex informado em US$ 19,4 bi, contra US$ 19,6 bi previstos no atual plano.
Taxa de desemprego chega ao menor patamar da série
A taxa de desocupação (5,4%) no trimestre encerrado em outubro de 2025 foi a menor da série histórica iniciada em 2012, recuando nas duas comparações: 0,2 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (5,6%) e 0,7 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2024 (6,2%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A mediana do Projeções Broadcast indicava recuo da taxa de desemprego a 5,5%. As projeções variam de 5,4% a 5,7%.
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A população desocupada (5,9 milhões) foi o menor contingente da série histórica, recuando 3,4% (ou menos 207 mil pessoas) no trimestre e caindo 11,8% (menos 788 mil pessoas) no ano. A população ocupada (102,6 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu mais 926 mil pessoas no ano.
Já o setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 46,852 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2025, informou o Banco Central. O montante equivale a 0,45% do Produto Interno Bruto (PIB).
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast