O Ibovespa futuro abriu esta terça-feira (25) em alta de 0,33%, aos 127.925 pontos. As atenções do mercado estão na divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro, também chamada de prévia da inflação – entenda aqui como a inflação impacta seus investimentos.
Os ativos operam sem direção em meio à falta de catalisadores na fraca agenda econômica desta terça-feira. Enquanto os índices futuros das bolsas de Nova York têm leve queda, as bolsas europeias operam majoritariamente em alta.
Os investidores aguardam a divulgação do dado de confiança americano e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em meio a sinais de cautela da autoridade monetária quanto ao ciclo de juros no país. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse na segunda-feira (24) que o banco central dos EUA precisa de mais clareza sobre o impacto econômico total das novas políticas da gestão de Donald Trump.
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Por aqui, a indefinição externa pode gerar volatilidade no principal índice da B3 e as medidas populistas do governo em meio à queda da sua popularidade do presidente Lula.
- Confira aqui a agenda econômica das empresas nesta terça-feira
O que impacta o Ibovespa futuro hoje?
Dólar e juros
O dólar hoje ronda a estabilidade ante euro e libra e iene, em dia que será marcado principalmente por discursos de autoridades de grandes bancos centrais. No mercado de câmbio local, o dólar abriu em alta de 0,23%, a R$ 5,7690.
O IPCA-15 guia os juros futuros e as apostas para o ciclo de aperto monetário. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) em baixa e a fraqueza do dólar no exterior também devem impactar as taxas.
IPCA-15 acelera em fevereiro
O IPCA-15 registrou alta de 1,23% em fevereiro, após ter subido 0,11% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 1,37%. O intervalo de estimativas ia de 0,56% a 1,53%.
Com o resultado anunciado nesta terça-feira, o IPCA-15 acumulou um aumento de 1,34% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 4,96%. As projeções para o indicador em 12 meses iam de avanço de 4,28% a 5,91%, com mediana positiva de 5,11%.
Commodities: petróleo e minério recuam
O petróleo opera perto da estabilidade à medida que novas sanções impostas pelos EUA ao Irã intensificaram preocupações sobre eventual aperto na oferta da commodity. Às 9h10, o barril do petróleo WTI cedia 0,25%, enquanto o do Brent recuava 0,34%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 2,17%, cotado a 813 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 112,15 nos mercados de Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,40% no pré-mercado de Nova York, por volta das 9h10 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,14% no mesmo horário.
Mudança no FGTS
Na noite de segunda-feira, o presidente fez um balanço em cadeia de rádio e TV dos programas Pé-de-Meia e Farmácia Popular, e que vai editar uma medida provisória (MP) para liberar o saldo do FGTS para trabalhadores que ficaram com o dinheiro retido por terem aderido ao saque-aniversário do fundo.
A ação do governo tende a elevar a preocupação dos agentes em relação ao quadro fiscal brasileiro, no momento em que o Banco Central (BC) tenta, por meio do aumento dos juros, desaquecer a atividade e reduzir as expectativas de inflação.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Gabriel Vasconcelos, Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast
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