

O Ibovespa futuro abriu esta terça-feira (8) em alta de 1,15%, aos 127.270 pontos. As atenções do mercado estão voltadas para novos capítulos da guerra das tarifas no exterior. Há também dados econômicos do setor público — veja aqui os principais assuntos do dia.
As Bolsas de valores internacionais retomam fôlegos após três sessões de pânico com as tarifas dos EUA e retaliações no comércio exterior. Há uma correção técnica impulsionada pela busca por ações baratas nos mercados.
A guerra comercial ganhou um novo capítulo após a China ameaçar intensificar as retaliações se Donald Trump seguir com a nova alíquota de 50% sobre as tarifas já previstas.
Caso a China não retire a tarifa recíproca de 34% anunciada na semana passada, as sobretaxas comerciais podem chegar a 104%, incluindo os 20% aplicados em março pelos EUA por causa da exportação de fentanil. Trump deu até 13h desta terça-feira para a China remover a tarifa, mas o país afirmou que tomará “contramedidas resolutas” caso a ameaça se concretize.
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Nessa toada, o principal índice da B3 hoje pode subir com a alta de 0,20% do petróleo, que se recupera de fortes perdas recentes, mas a queda de 3,48% do minério de ferro tende a puxar o índice para baixo.
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Dólar recua com cautela global
O dólar hoje opera em baixa no mercado internacional e tende a influenciar o mercado de câmbio em manhã de recuperação técnica nas Bolsas globais. Nesta terça-feira, o dólar abriu em queda de 0,57%, a R$ 5,8768.
Quanto aos juros futuros, a terça-feira é de melhora nos mercados e o recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) pode trazer alívio à curva. O dólar fraco reforça a chance de um viés de baixa.
Setor público tem melhor resultado desde 2022
O setor público consolidado — governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras (PETR3; PETR4) e Eletrobras (ELET3; ELET6) — teve déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central (BC). Este é o melhor resultado para o mês desde 2022.
O saldo foi menos negativo do que o apontado pela mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava déficit de R$ 26,250 bilhões. Todas as estimativas eram negativas, de R$ 48,370 bilhões a R$ 9,379 bilhões. Em janeiro, o setor público teve superávit primário de R$ 104,096 bilhões. Em fevereiro de 2024, déficit de R$ 48,692 bilhões.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na Bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Silvana Rocha, Luciana Xavier, Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto, do Broadcast