O Ibovespa abriu em queda e segue aprofundando a desvalorização, já operando na faixa dos 123 mil pontos, depois de abrir em 125.315,63 pontos.
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O recuo na carteira é quase geral. De um total de 86 ações, apenas 8 subiam perto das 11 horas. O dólar à vista já sobe a R$ 5,2705 e os juros futuros ampliam alta com ajustes de até 24 pontos-base.
Nos mercados, há receios por conta de resultados divergentes da China e dos crescentes temores ficais no Brasil.
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Na segunda-feira (15), o Índice Bovespa fechou em baixa de 0,49%, aos 125.333,89 pontos – a quarta perda consecutiva. “Caminha para mais um dia negativo, diante de um cenário de incertezas cada vez maior.
O dólar avança e a curva futura pedindo mais prêmio”, diz João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos, em nota.
Além disso, Freitas acrescenta os dados chineses, em dia de queda do minério, de 1,49% em Dalian, na China, e de leve baixa do petróleo, em ajuste após altas recentes.
“O petróleo tem uma leve correção, mas o conflito no Oriente Médio ainda estressa, preocupa. Agora, temos de esperar o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell”, completa o analista da Toro.
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Já as bolsas de Nova York miram alta, após balanços, mas sem convicção, e as bolsas europeias tinham quedas acima de 1,50%, diante da cautela dos investidores em relação à política monetária mundial, e em meio a temores de que uma escalada do conflito no Oriente Médio impulsione o petróleo e alimente a inflação.
Assim, bancos centrais como o americano demorariam mais para iniciar o corte dos juros.
Por isso, nesta terça-feira (16) fica no radar a participação de Jerome Powell (presidente do Fed) em evento.
Os dados da China geram certa apreensão nos mercados mesmo após a alta acima da prevista do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O PIB da China teve crescimento anual de 5,3% no primeiro trimestre, bem maior do que se esperava, mas tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo do país avançaram menos do que o previsto em março.
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Além disso, o setor imobiliário chinês segue em dificuldades. Além do temor com o quadro externo, as dúvidas fiscal no Brasil está incomodando bastante, à medida que se confirma um cenário complicado das contas publicas, avalia estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.
“E agora temos as incertezas crescentes no exterior por conta das preocupações geopolíticas.
Não tem como não fica ruim”, completa Laatus. No Brasil, na segunda-feira (15), a equipe econômica anunciou mudanças nas metas para as contas públicas em 2025 e 2026 – a primeira alteração desde que o novo arcabouço fiscal entrou em vigor, há menos de um ano.
Na prática, as modificações adiam a expectativa de colocar as contas no azul. O alvo de 2025 foi reduzido de um superávit de 0,5% do PIB para um resultado primário zero – meta igual à deste ano, que não foi alterada.
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Conforme a MCM, a confirmação das mudanças nas metas fiscais num momento de maior aversão ao risco no exterior intensifica o movimento de alta dos prêmios de risco no mercado doméstico.
“Os compromissos de primário sinalizados no arcabouço fiscal estão sendo paulatinamente abandonados, assim como foi em 2023, acontece agora para 2025”, avalia a consultoria.
Às 11h04, o Ibovespa caía 0,94%, aos 124.151,88 pontos, após ceder 1,26%, aos 123.756,08 pontos, na mínima.
Com isso, voltou a operar perto da mínima intradia de 16 de novembro de 2023 (123.165,30 pontos).
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As ações da Vale (VALE3) cediam 1,45% e as da Petrobras perdiam 0,38% (PETR3) e de -0,29% (PETR4). Entre os grandes bancos, o maior recuo era de 1,19%, do Itaú Unibanco (ITUB4).
Já a perda mais significativa da carteira era Azul (AZUL4) (-5,52%), diante do dólar alto, seguida por Magazine Luiza ON (MGLU3) (-4,58%). A maior alta era Casas Bahia (BHIA3), com 4,54%.