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Ibovespa: bolsa firma alta com NY, após dados dos EUA

Alta chegou a testar a marca dos 109 mil pontos, reduzindo as perdas semanais para a casa de 0,50%

Ibovespa: bolsa firma alta com NY, após dados dos EUA
Ibovespa. Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

O Ibovespa engatou alta há pouco, após indefinição mais cedo, chegando a testar a marca dos 109 mil pontos, e reduzindo as perdas semanais para a casa de 0,50%, depois de recuar 1,70% até ontem. A melhora acompanha a tentativa de valorização de algumas bolsas americanas. Por lá, saiu o PMI de Chicago, que caiu abaixo de 50 em setembro. Em tese, pode pressionar menos o Fed para subir os juros de forma agressiva.

“Estamos num momento em que um dado ruim, indicando desaceleração, pode ser bom, positivo para ativos de risco. No entanto, ainda vemos inflação elevada, como mostraram os dados dos Estados Unidos e da Europa informados hoje”, avalia Armstrong Hashimoto, sócio e operador da mesa de renda variável da Venice Investimentos.

Segundo Hashimoto, a melhora reflete mais uma tentativa de recomposição de alguns ativos após perdas recentes no último dia do mês e do terceiro trimestre. “Podem tentar algum movimento mais forte, mas sem nenhuma notícia específica.”

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O sócio da Venice cita a alta de quase 4% nos papéis da Vale, dando força ao Ibovespa. “É um ativo que está puxando, é uma ação que vem sofrendo muito, dá sinais de alívio”, completa. Apesar de ter avançado 0,07% hoje, o minério de ferro amarga perdas no trimestre em meio a dúvidas com a China. Nesta sexta, saíram dados com indicações distintas sobre a evolução econômica do gigante asiático. Já o petróleo tem instabilidade, com viés de queda.

Porém, o cenário de cautela ainda segue no radar lá fora, por temores recessivos, e aqui, por causa da eleição. Mais cedo, foram divulgados dados de inflação nos EUA e na Europa relativos a setembro, reforçando quadro elevado de preços, o que pode resultar em atitudes mais duras de política monetária.

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Fed – subiu 0,3% em agosto ante julho. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,6% no mesmo período, vindo um pouco acima das expectativas de analistas, de 0,5%. Na comparação anual, o PCE subiu 6,2% em agosto e seu núcleo aumentou 4,9%. Já o CPI anual da zona do euro atingiu recorde de 10% em setembro, superando as expectativas.

“Essa leitura reforça a perspectiva de que o Banco Central Europeu deve conduzir um aperto monetário rígido nas próximas reuniões”, estima em nota o Bradesco.

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Apesar da alta do indicador de inflação americano, Takeo, da Ouro Preto, avalia que o dado acabou por não influenciar os mercados de forma negativa expressiva por está se estar em um momento desfavorável. Segundo ele, se fosse em outro momento, talvez os mercadores reagiriam com mais força. “Os mercados já estão bastante negativos, avessos a risco. Se não estivesse tão negativo, a alta acima do esperado poderia mexer mais”, analisa.

De fato, a expectativa pelo primeiro turno das eleições no Brasil, no domingo, e a espera por sinais de política monetária, especialmente dos Estados Unidos, estão no radar.

Na avaliação do economista-chefe do BV, Roberto Padovani, há espaço para alguma recuperação dos preços, mas a agenda traz instabilidade. Além disso, acrescenta em comentário matinal, “é natural que o mercado fique mais cauteloso antes do fim de semana com as eleições.” O mercado repercute ainda as últimas pesquisas de intenção de voto para presidente da República e o debate dos presidenciáveis ontem à noite na TV Globo que, no entanto, não devem trazer reação forte.

Contudo, especialistas ouvidos pelo Broadcast afirmam que o mercado deve reagir com um pouco mais de força na segunda-feira, após o primeiro turno das eleições.

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Às 11h31, o Ibovespa subia 1,08%, aos 108.824,81 pontos, após máxima intradia aos 109.022,08 pontos (alta de 1,26%) e mínima aos 107.315,15 pontos (-0,32%), depois de abrir aos 107.664,35 pontos.

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