O Ibovespa hoje abriu quase em estabilidade, em leve queda de 0,03%, aos 130.597 pontos nesta quinta-feira (31). A abertura de negócios ocorre de olho em novos balanços do terceiro trimestre no Brasil e no exterior. Também lá fora será conhecida a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) – confira aqui a agenda completa do dia.
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Tanto os mercados de Nova York, quanto as bolsas europeias são pressionados por balanços pouco atrativos. O fôlego curto do exterior pode respingar no principal índice da B3 hoje.
As commodities operam em direções contrárias, com a queda de 0,38% do minério de ferro, na China, e avanço de 0,70% do petróleo, o que pode surtir efeito no Índice Bovespa hoje.
Na esteira de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 0,28%, enquanto os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,52% por volta das 9h05 (de Brasília) no pré-mercado de Nova York.
- Confira a agenda completa das empresas nesta matéria
Confira os 3 assuntos que movimentam o Ibovespa hoje
Bolsas internacionais
A decepção com balanço da gigante Meta (M1TA34) e os números da Microsoft (MSFT34) pesa nos futuros de Nova York, enquanto na Europa a receita e Ebitda da Ab Inbev também desagradaram o investidor. Por outro lado, as ações da Shell e Société Générale avançam na Europa após os balanços. Assim, as bolsas europeias caem refletindo balanços.
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O euro ganha fôlego ante o dólar depois de indicadores da região mostrarem resiliência da economia. A taxa de desemprego da zona do euro bateu nova mínima recorde, a inflação ao consumidor do bloco acelerou a 2% em outubro, em linha com o esperado, e as vendas no varejo da Alemanha tiveram alta inesperada em setembro.
O Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA avançou 0,2% em setembro, na comparação com agosto. Na comparação anual, houve alta de 2,1%. Analistas ouvidos pela FactSet previam alta de 0,2% na taxa mensal e de 2,1% na anual. Agora, as atenções se voltam ao payroll, que deve ser publicado na sexta-feira (1º).
Já o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 12 mil na semana encerrada em 26 de outubro, para 216 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 227 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi revisado para cima, de 227 mil para 228 mil.
O dólar cai ante o iene após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, deixar a porta aberta para um possível aumento de juros em dezembro, depois de o BC ter mantido as taxas em 0,25%. Leia mais sobre a moeda americana nesta matéria.
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Na China, o PMI industrial avançou para 50,1 em outubro, sugerindo que a manufatura voltou a se expandir pela primeira vez em sete meses.
Balanços
Na última quarta-feira, os balanços das grandes empresas de energia Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3) foram divulgados ao mercado. A Auren reverteu prejuízo e alcançou lucro de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre, enquanto a AES fez o caminho contrário, revertendo lucro em prejuízo milionário. Aliás, nesta quinta-feira, está prevista a fusão das duas companhias – saiba mais aqui.
Também nesta quinta-feira, investidores acompanharam os resultados do Bradesco (BBDC4), que reportou lucro milionário no terceiro trimestre, avanço de 13% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado. Já a Ambev (ABEV3) reduziu seu lucro em 11% no período além de aprovar novo programa de recompra de ações – veja.
Após o fechamento dos mercados, serão conhecidos os números da CCR (CCRO3) e Carrefour Brasil (CRFB3). No exterior, saem os balanços da Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34) e Intel (ITLC34), com resultados após o fechamento dos mercados.
Mercado brasileiro
Com uma agenda esvaziada no Brasil, os mercados podem seguir mais atentos ao movimento externo, mas sem perder de vista as notícias fiscais. Ainda que o anúncio de cortes de gastos possa não ocorrer nesta semana, investidores buscam sinais de que as medidas serão adequadas.
O Projeções Broadcast apurou que o mercado espera uma redução de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, valor que ficaria aquém dos R$ 49,50 bilhões necessários para atender às regras fiscais de 2024.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou-se incomodado com a pressão por um anúncio e afirmou que há uma “forçação boba” em torno do tema.
Além disso, ganha destaque no Ibovespa hoje a taxa de desemprego do País. O indicador ficou em 6,4% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 6,5%. O intervalo das projeções ia de 6,4% a 6,6%.
*Com informações do Broadcast
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