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Ibovespa hoje abre sem força em dia de encontro do G20 e boletim Focus; veja o que o investidor precisa acompanhar

A cautela no exterior limita ânimos no índice hoje, mas commodities são contraponto. Confira

Ibovespa hoje abre sem força em dia de encontro do G20 e boletim Focus; veja o que o investidor precisa acompanhar
O Ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

O Ibovespa hoje abriu praticamente estável, em leve queda de 0,03%, aos 127.754 pontos nesta segunda-feira (18). A abertura de negócios ocorre de olho nas reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os líderes da Cúpula do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia). As previsões do boletim Focus também ficam no radar – confira aqui a agenda completa da semana.

O desempenho do principal índice da B3 hoje pode ser morno, seguindo o ritmo fraco no exterior. Mesmo assim, a valorização das commodities e a expectativa de que o pacote de gastos do governo seja anunciado esta semana podem estimular alta do índice hoje.

Como a Bolsa brasileira ficou fechada na sexta-feira (15), em razão do Dia da Proclamação da República, há possibilidade de algum ajuste das perdas registradas nos mercados americanos naquela ocasião devido a expectativas de redução nas apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O que movimenta o Ibovespa hoje

Bolsas internacionais

Os índices futuros em Nova York tentam uma recuperação, após Wall Street reagir em baixa na sexta à menor expectativa de corte nas taxas de juros em dezembro, após sinais de membros do Fed e dados de vendas no varejo. As bolsas da Europa buscam direção em semana de indicadores de inflação e balanço da Nvidia.

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Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “parece inteligente” seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem.

Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) estão mistos, mas os longos seguem ganhando. Já o dólar mostra alívio – veja detalhes nesta matéria – ante euro e libra após o salto de 1,60% do DXY (índice que compara a moeda americana com uma cesta de divisas) na semana passada, com a expectativa de que as políticas do presidente eleito, Donald Trump, impulsionarão a inflação, resultando em menos cortes nas taxas americanas.

O iene segue pressionado, após o presidente do Banco do Japão (BoJ) alertar que examina como o iene enfraquecido pode afetar a perspectiva de preços.

Encontro do G20

O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional, com as 20 maiores economias do globo, que tem por objetivo reunir líderes mundiais para discutir sobre políticas nacionais, cooperação internacional e instituições econômico-financeiras internacionais.

A cúpula de líderes do grupo convidou neste ano 55 representantes de países ou organizações internacionais. O evento acontece no Rio de Janeiro, entre esta segunda-feira e terça-feira (19), no Museu de Arte Moderna (MAM).

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O encontro deste ano começa sob o pano de fundo da dificuldade em se chegar a consenso no bloco, especialmente com as lideranças de Javier Milei na Argentina e Donald Trump nos Estados Unidos no radar.

Apesar de a nação americana estar sendo representada por Joe Biden, integrantes do governo brasileiro veem que a vitória de Trump deu força à postura mais incisiva de Milei na política externa e, consequentemente, nas reuniões do grupo.

Piora na inflação pelo boletim Focus

A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela sétima semana seguida, de 4,62% para 4,64%. Ela está acima do teto da meta, de 4,50%.

A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central (BC) terá descumprido o alvo.

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2025 subiu de 11,50% para 12%. Agora, está acima da estimativa intermediária para o fim de 2024, que se manteve em 11,75% pela sétima semana seguida. Isso sugere que o Banco Central continuará aumentando os juros ao longo do ano que vem e terá pouco espaço para cortá-los.

Commodities

As commodities favorecem a tração dos ativos nesta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 1,87% na China, enquanto o petróleo sobe cerca de 0,30%.

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O American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subia 0,61% no pré-mercado de Nova York, por volta das 08h10 (de Brasília), enquanto o da Petrobras (PETR3PETR4) recuava 0,43%.

  • Confira aqui a agenda completa das empresas desta segunda-feira

Mercado brasileiro

O boletim Focus e Campos Neto serão monitorados bem como as reuniões do G20 e as notícias do plano fiscal, que podem mexer com câmbio e juros futuros.

Em entrevista à CNBC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Lula e que o anúncio ocorrerá “brevemente”. “Nós estamos trabalhando no plano da despesa, moderar a expansão, para caber dentro das regras fiscais, e do ponto de vista da receita, recompor o que foi perdido ao longo desses dez anos.” De acordo com o ministro, as medidas vão possibilitar a queda dos juros e o aproveitamento do que chamou de “onda de desenvolvimento”, o que pode repercutir no Ibovespa hoje.

* Com colaboração de Sofia Aguiar, Célia Froufe e Altamiro Silva Júnior, enviados especiais do Broadcast

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