O Ibovespa hoje opera em alta com ajuda das ações metálicas na esteira de dados econômicos fortes da China e abertura em alta das bolsas de NY. Em último pregão antes da posse de Donald Trump à Casa Branca, investidores vão às compras moderadamente. Às 11h57, a principal referência da B3 sobe 0,68% aos 122.055,19 pontos.
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O Produto Interno Bruto (PIB) fortalecido – em alta de 5% – na China e alta do minério de ferro beneficia as ações do setor metálico, como é o caso das ações da Vale (VALE3), que representam grande peso para o índice. Os ativos da mineradora sobem 2,13%.
Apesar do petróleo oscilar na sessão em meio a questionamentos sobre demanda e o cessar-fogo entre Israel e Hamas, os ativos da Petrobras conseguem fôlego positivo após informar que as produções de gasolina e de diesel S-10 da companhia superaram, em 2024, recordes históricos de anos anteriores. Os papéis ordinários (PETR3) avançam 0,31%, enquanto os preferenciais (PETR4) sobem 0,62% no horário mencionado.
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Entre as maiores altas do índice estão da Minerva (BEEF3), Cogna (COGN3) e CSN Mineração (CMIN3), subindo 4,13%, 3,25% e 3,07%, respectivamente. Mais cedo, a Cogna anunciou programa de recompra de 144 milhões de ações.
Na ponta negativa do Ibovespa, Yduqs (YDUQ3) lidera as perdas ao recuar mais de 5%, enquanto Azul (AZUL4) cai 1,97% em ajuste e Hapvida (HAPV3) tem baixa de 1,69%.
O que movimenta o mercado hoje?
Posse de Trump e políticas protecionistas: o que o mercado teme?
O Produto Interno Bruto (PIB) da China aumentou 5% em 2024, atingindo a meta de crescimento do governo, as vendas no varejo e produção industrial no país em dezembro também superaram as previsões dando impulso às bolsas chinesas e ajudando a puxar o petróleo e os mercados de ações europeus.
O euro hesita e libra recua frente o dólar, após decepção com as vendas no varejo no Reino Unido e expectativas de flexibilização monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Nos Estados Unidos, as bolsas em Nova York sobem em meio a uma ampliação da queda dos juros dos Treasuries (títulos públicos americanos), que já vem cedendo nos vértices curtos e médios nas últimas três sessões, após dados de atividade e inflação mais benignos e comentários de Christopher Waller, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sugerindo possíveis cortes de juros em 2025.
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Esse é o último pregão antes da posse de Trump na Casa Branca. Com a ameaça de taxação a importações americanas no radar, o vice-presidente da China, Han Zheng, participará da cerimônia de posse do presidente eleito, em Washington, como representante especial do presidente Xi Jinping.
Alta do petróleo e do minério de ferro
O petróleo oscila nesta sexta-feira, após rodada de dados de atividade, indústria, varejo e moradias da China oferecerem novos sinais sobre a recuperação econômica do país, conhecido como maior importador de commodities do planeta. Ainda, segundo o Swissquote, o mercado de energia pondera sobre os impactos de sanções comerciais sobre a oferta do petróleo no mercado internacional, ante relatos sobre possível ampliação de restrições dos EUA contra outros países depois que Donald Trump assumir a presidência na segunda-feira.
No entanto, os ganhos da commodity são limitados após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciar que o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em poder do Hamas na Faixa de Gaza foi alcançado, na manhã de hoje (pelo horário local).
Já o contrato mais negociado do minério de ferro subiu de preço no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, com fechamento em alta de 1,71%, cotado a 803,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,59.
Reforma tributária: impacto dos vetos de Lula no mercado financeiro
Os investidores do mercado brasileiro devem analisar o potencial efeito dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reforma tributária. A lei complementar 214, que regulamenta o tema, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Também foi oficializada a mensagem de vetos ao Congresso Nacional. Haddad afirmou que não há polêmica quanto aos vetos e disse que a Fazenda trabalhará ainda este ano na regulamentação do imposto seletivo.
A agenda doméstica do dia ainda traz a entrevista ao vivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN e reunião trimestral dos diretores do Banco Central (BC) Diogo Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos) com economistas.
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*Com informações do Broadcast