O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (18), após alcançar novo recorde histórico. A principal referência da B3 terminou o dia em valorização de 0,68%, aos 131.083,82 pontos, após atingir o maior valor nominal de sua história, a 131.447,27 pontos, na máxima intradia, superando o recorde de 131.259,81 pontos, registrado em 14 de dezembro.
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Vale destacar que essa análise não considera o ajuste da inflação. Uma observação mais detalhada do Ibovespa, levando em conta a série histórica corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostra que a maior pontuação registrada foi, na verdade, em 20 de maio de 2008, aos 177.594 pontos, segundo dados de Einar Rivero, colunista do E-Investidor.
Em Wall Street, Nasdaq fechou em alta de 0,61%, enquanto S&P 500 teve ganhos de 0,45%. Já Dow Jones encerrou estável. Nos próximos dias, investidores aguardam o resultado do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de novembro dos Estados Unidos, métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), além do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre do país.
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No Brasil, o mercado espera a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para sair na terça-feira (19). Na semana passada, a autoridade optou por reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, fazendo a taxa básica de juros brasileira alcançar o patamar de 11,75% ao ano.
Na B3, o dia foi positivo para petroleiras, em meio à valorização dos contratos futuros de petróleo, que fecharam em alta com tensões no Mar Vermelho ameaçando o transporte da commodity na região. A rota registrou novos ataques a embarcações nesta segunda, em uma investida de autoria reivindicada pelos Houthis, grupo armado que controla boa parte do Iêmen.
No dia, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram ganhos em torno de 1,5%, enquanto os papéis da PetroReconcavo (RECV3) dispararam 3,75% e ficaram entre as maiores altas do Ibovespa.
A sessão também foi positiva para as companhias do setor de mineração, enquanto investidores aguardam a decisão de política monetária na China prevista para terça-feira (19). As ações da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, subiram 0,47%. Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) também fecharam no campo positivo.
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Em contrapartida, as ações da Casas Bahia (BHIA3) lideram as perdas do índice pela segunda sessão seguida. O movimento ocorre após o grupamento de ações da varejista, realizado na proporção de 25 para 1, com o objetivo de livrá-la da classificação de penny stock (ativo cotado a menor de R$ 1). Nem o retorno da companhia para a segunda prévia da nova carteira do Ibovespa conseguiu sustentar os papéis, que tombaram 8,33%.
Na sexta-feira (15), o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,49%, aos 130.197,10 pontos, em movimento de realização de lucros, após alcançar recorde histórico.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica ao do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
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