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Ibovespa hoje: índice fecha em queda com repercussão de ata do Copom e IPCA-15

Ações da Minerva (BEEF3) e da Casas Bahia (BHIA3) sofreram na sessão

Ibovespa hoje: índice fecha em queda com repercussão de ata do Copom e IPCA-15
(Foto: Adobe Stock)

Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (26), dia marcado pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A principal referência da B3 encerrou o pregão em baixa de 0,05%, aos 126.863,02 pontos, oscilando entre máxima a 127.192,86 pontos e mínima a 126.590,67 pontos.

Para Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, o movimento próximo à estabilidade do Ibovespa no dia reflete uma combinação de fatores. “O IPCA-15 acima das expectativas colocou os investidores em alerta, sugerindo que a inflação ainda é uma preocupação para o Banco Central, que, por sua vez, mostrou na ata do Copom uma postura de cautela e flexibilidade em suas futuras decisões de política monetária”, destaca o especialista.

O IPCA-15 ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,78%). O resultado, no entanto, veio 0,04 ponto porcentual (p.p) acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, cuja estimativa era de que o indicador atingisse 0,32%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta neste mês. A maior variação, de 0,91%, veio do grupo de alimentação e bebidas, que também teve o maior impacto (0,19 p.p) para o índice geral.

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A ata do Copom, por sua vez, apresentou um tom mais duro frente às incertezas econômicas, na visão de Almeida, da AVG Capital. “O documento ressaltou o dinamismo no mercado de crédito e a resiliência da atividade doméstica que complicam o cenário de desinflação, especialmente nos serviços, devido a um mercado de trabalho apertado”, explica o especialista.

Na Bolsa brasileira, as ações da Minerva (BEEF3) ficaram entre os principais destaques negativos do dia. Os papéis da empresa sofreram após o balanço do quarto trimestre de 2023, quando a companhia reportou um lucro líquido de R$ 19,8 milhões, o que representa um recuo de 25,7% ante o resultado apurado no mesmo intervalo de 2022.

Quem também se saiu mal foram as ações da Casas Bahia (BHIA3). A varejista registrou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, 513,5% maior do que o observado no mesmo período do ano anterior. O resultado veio pior do que o esperado pelas casas de análise. Segundo levantamento feito pelo E-Investidor, a expectativa era de que o prejuízo da varejista ficasse entre R$ 598 milhões a R$ 703 milhões.

Em contrapartida, os papéis da São Martinho (SMTO3) figuraram entre as maiores altas do Ibovespa, depois de a companhia ter aprovado o 7º programa de recompra de até 14,234 milhões de ações ordinárias, pelo valor de cotação no dia da transação. O programa terá prazo de até 18 meses, a contar da data de aprovação da iniciativa, encerrando em 25 de setembro de 2025.

Como é calculado o Índice Ibovespa?

O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica ao do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.

Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.

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A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.