O Ibovespa sobe de forma moderada, defendendo a marca dos 130 mil pontos. Contribuem para o avanço o leve otimismo em Nova York e a valorização do petróleo no exterior, diante da repercussão de ataque a navio no Mar Vermelho. Com isso, as ações do setor petroleiro avançam. A alta vem após o Índice Bovespa fechar em queda de 0,49% no último pregão, aos 130.197,10, quando passou por discreta realização de lucros.
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No entanto, na última semana até a sexta-feira (15) subiu 2,44%. “Tem tido entrada de fluxo de capital externo bastante forte. O movimento é puxado especialmente pelo estrangeiro”, diz Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investiment, completando que isso ocorre sobretudo por conta da expectativa de início de queda dos juros americanos. Ainda fica no radar a aprovação da reforma tributária na sexta, enquanto espera-se a promulgação no Congresso na quarta-feira (20).
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada em segundo turno com 365 votos a favor, 118 contra e uma abstenção. Era necessário o apoio de no mínimo 308 deputados. O texto prevê a criação de impostos sobre bens e serviços, além de um imposto seletivo que visa a desestimular o uso de produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.
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Nesta segunda (18), a agenda não deve influenciar tanto, pois está praticamente vazia, mas ao longo da semana sairão dados de peso com força para mexer com os mercados. No Brasil, serão divulgados a ata do Comitê de Política Monetária Copom e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), além da expectativa de que o Congresso aprove a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO), por exemplo, enquanto lá fora haverá decisões sobre juros no Japão e na China, além de divulgações de dados de atividade e de inflação.
Na ata do Copom, alguns esperam encontrar sinais de aceleração do ritmo de queda da Selic (taxa básica de juros da economia), após o Comitê indicar que manterá a velocidade de baixa de meio ponto porcentual. Na semana passada, o jurou cedeu para 11,75% ao ano. O corte veio como o esperado, mas trouxe um comunicado um pouco mais duro que os agentes de mercado aguardavam em função da melhora recente tanto da inflação corrente como do arrefecimento da curva de juros nos EUA“, observa em nota a economista-chefe do TC, Marianna Costa.
“O colegiado do Banco Central (BC) sinalizou que deve seguir o processo de afrouxamento monetário. Neste contexto a ata da reunião será relevante para entender como essas variáveis são avaliadas pelo colegiado. Também será importante a leitura do Relatório Trimestral de Inflação que será divulgado na quinta-feira (21). O documento traz um relato mais profundo sobre a avaliação do BC sobre a dinâmica e preços corrente e prospectiva”, completa Marianna.
Em Nova York, os investidores ainda se apoiam na expectativa de início de corte dos juros americanos em 2024, embora o mês exato de quando isso ocorrerá gera dúvidas. Com isso e mais um dado fraco de confiança na Alemanha, as bolsas europeias têm sinais divergentes, mesma linha seguida pelas asiáticas.
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“Os mercados estão em tom de acomodação após dirigentes dos bancos centrais de países desenvolvidos terem dito na sexta-feira (16) que a discussão sobre o início do ciclo de cortes de juros ainda é prematura”, cita em relatório a Guide Investimentos.
No exterior, acrescenta a Guide, o movimento vem após uma série de dirigentes dos bancos centrais da Europa e dos EUA darem um passo para trás e dizerem que as apostas de cortes de juros muito cedo são demasiadas otimistas. No campo corporativo interno, destaque ao noticiário sobre a Braskem.
A empresa informou aos funcionários que a Adnoc começa a nova diligência a partir de janeiro. As ações da Brasken (BRKM5) subiam 2,13% às 11h32. Já o Ibovespa tinha alta de 0,42%, aos 130.743,48 pontos, vindo de abertura aos 130.202,35 pontos, com variação zero, e máxima aos 130.999,81 pontos, quando subiu 0,62%. Na mínima marcou 130.198,41 pontos, com elevação de 0,43%. Petrobras (PETR4) tinha elevação de 2,11% (ON) e de 1,36% (PN). Vale ON (VALE3) subia 0,31%, apesar do recuo de 1,59% do minério em Dalian, na Chinas.