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Após abrir em estabilidade nesta quinta-feira (13), o Ibovespa hoje se firmou na ponta negativa, perdendo os 124 mil pontos de abertura por volta das 11h30. Porém, às 12h30, o índice mostra leve avanço de 0,01%, aos 124.392 pontos. O mercado acompanha dados de varejo no Brasil. No exterior, há expectativa pela inflação americana e mais tarifas de Donald Trump – veja aqui os principais assuntos do dia.
O desempenho do principal índice da B3 hoje pode ser limitado com a fraqueza em Nova York e nas commodities, principalmente do petróleo que digere a possibilidade de um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.
As bolsas de valores internacionais ainda repercutem a guerra comercial dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, o presidente Donald Trump deve anunciar tarifas comerciais recíprocas, que podem ser inicialmente inofensivas para o mercado brasileiro, mas podem trazer cautela (veja mais abaixo).
Lá fora, ganha destaque também dados de inflação nos EUA, medidos pelo índice de preços ao produtor (PPI) após o índice de preços ao consumidor (CPI) ter vindo acima do esperado, adiando de junho para setembro a retomada de cortes de juros nos EUA.
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O mercado de câmbio pode voltar a ficar instável. Quedas nas commodities podem abrir espaço para a correção da alta do dólar ante o real em meio a expectativas de oficialização das tarifas “recíprocas” de Trump. Nesta quinta, o dólar abriu em estabilidade, com leve alta de 0,05%, a R$ 5,7659, mas logo se firmou na ponta positiva. Às 11h05, a moeda exibia avanço de 0,28%, a R$ 5,7940.
Os números mais fracos das vendas no varejo em dezembro apoiam a queda dos juros futuros mais curtos, enquanto os demais acompanham a queda dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) – veja aqui a operação das taxas.
Ações da Bolsa
Suzano (SUZB3)
As ações da Suzano sobem 1,98%, às 12h30, figurando entre as maiores altas do Ibovespa. O papel reage ao balanço do quarto trimestre, que apesar do prejuízo, trouxe pontos positivos, segundo analistas. O Safra considerou os números bons e destacou o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) acima do esperado. Na mesma linha, o Citi destacou a resiliência dos resultados diante de embarques mais altos e redução de custos compensando o declínio dos preços de celulose.
Petrobras (PETR3; PETR4)
As ações da Petrobras caem 0,33% (PN) seguindo a linha da queda do petróleo. Já os ativos ordinários sobem levemente 0,05%. A commodity opera em baixa, com Brent caindo 0,61%, e WTI recuando 0,52%. No setor, Prio (PRIO3) cai 1,14%, assim como Petrorecôncavo (RECV3) (-0,77%) e Brava (BRAV3) (-1,96%).
Totvs (TOTS3)
As ações da Totvs sobem 3,03% e são a maior alta do Ibovespa. O papel é impulsionado pelo balanço do quarto trimestre. O Itaú BBA considerou os números sólidos com resultados fortes e lucratividade melhor do que o esperado. Já o Goldman Sachs apontou melhorias no desempenho da empresa e considerou um período sólido.
Os principais assuntos do Ibovespa hoje
Bolsas internacionais reagem a dados de inflação americana
Os futuros de Nova York mostram fraqueza, com investidores à espera de dados de inflação nos EUA, medidos pelo PPI após o índice de preços ao consumidor (CPI) ter vindo acima do esperado, adiando de junho para setembro a retomada de cortes de juros nos EUA.
O índice de preços ao produtor dos Estados Unidos subiu 0,4% em janeiro ante dezembro, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. Na comparação anual, o PPI avançou 3,5% em janeiro. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta de 0,3% na taxa mensal e de 3,2% na anual em janeiro.
O rublo russo tem alta expressiva em relação ao dólar hoje e o euro também se fortalece com o vislumbre de um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.
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Na Europa, a bolsa de valores de Londres destoa das demais e recua, apesar do crescimento inesperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no quarto trimestre de 2024. Na zona do euro, a produção industrial caiu bem mais do que o esperado em dezembro ante novembro.
Por outro lado, as ações do Barclays (B1CS34) caíam mais de 5% mais cedo, após a divulgação do balanço positivo, e as da Unilever (ULEV34) também recuavam, pressionando o índice londrino.
Varejo recua em dezembro ante novembro
As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio idêntico à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,7% a uma alta de 0,6%.
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 4,7% no ano de 2024. Nessa comparação, as previsões iam de alta de 1,8% a 5,0%, com mediana positiva de 4,8%.
Temporada de balanços: Porto, Usiminas e mais empresas
Na quarta-feira (12), foram conhecidos os resultados financeiros do quarto trimestre de 2024 de Suzano (SUZB3), Tovts (TOTS3) e Jalles Machado (JALL3).
O prejuízo líquido da Suzano foi de R$ 6,737 bilhões no quarto trimestre de 2024, o que reverte lucro de R$ 4,515 bilhões no mesmo período de 2023. Já a Tovts encerrou o quarto trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 236,8 milhões, montante que representa alta anual de 41,5% e de 4,7% em relação ao trimestre anterior.
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Por fim, a Jalles Machado registrou prejuízo líquido de R$ 73,5 milhões no terceiro trimestre da safra 2024/25, encerrado em 31 de dezembro, revertendo o lucro líquido de R$ 75,8 milhões obtido no igual período do ano anterior.
Nesta quinta-feira, é a vez de Porto (PSSA3) e Usiminas (USIM5), antes da abertura dos mercados, e Raízen (RAIZ4) após o fechamento.
Tarifas de Trump: quais setores podem ser mais afetados?
As tarifas recíprocas de Trump ficam no radar dos investidores. O Bradesco avalia que as tarifas sobre importações do aço e alumínio, no entanto, devem ter impacto relativamente pequeno na economia brasileira como um todo, mas uma escalada nas medidas tarifárias representaria um risco maior às exportações e ao real.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Vinícius Novais, Daniela Amorim, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast.