Investidores digeriram a recente escalada do conflito no Oriente Médio. As Forças Armadas do Irã confirmaram ataque à base americana de Al-Udeid, no Catar, e alertaram que violações à sua “integridade territorial” terão resposta, em comunicado divulgado há pouco. “A base Al-Udeid foi alvejada com ataque de mísseis devastador e poderoso na operação Besharat Fatah. Essa base é o quartel-general da Air Force e o maior ativo estratégico do exército terrorista americano na região”, afirmaram.
As Forças Armadas iranianas classificaram as bases americanas no Oriente Médio como uma “grande fonte de fraqueza” para os Estados Unidos. “Não vamos deixar qualquer ataque contra nossa integridade territorial, soberania e segurança nacional sem reposta, sob nenhuma circunstância”, ressaltaram.
Na agenda econômica, entre os indicadores esperados, estão os Índices de Gerentes de Compras (PMIs), Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) dos EUA e, no Brasil, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e o relatório de Política Monetária (RPM) de junho.
Ibovespa hoje: o que mexeu com o índice
Como estão as ações do Ibovespa hoje?
As ações de empresas ligadas ao ciclo interno de consumo, as chamadas cíclicas, lideraram as quedas do Ibovespa hoje, com destaque para a Vamos (VAMO3), que derreteu 4,24%. Em um cenário sensível para o petróleo, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,81%, no caso das ordinárias, e 2,5%, para as preferenciais.
No setor de varejo, caíram também Natura (NTCO3) e GPA (PCAR3), com baixa de 2% e 0,33%.
Ata do Copom, IPCA-15 e RPM ficam no foco
A ata do Copom será divulgada nesta terça-feira (24). Nesta segunda-feira (23), saiu o boletim Focus, que trouxe ainda uma nova rodada de redução nas expectativas de inflação. A mediana do para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 4,72% para 4,69%. A mediana para o IPCA de 2025 caiu de 5,25% para 5,24%, a quarta baixa seguida. A taxa está 0,74 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela sexta semana consecutiva, colada ao teto da meta.
A balança comercial brasileira, por sua vez, registrou superávit comercial de US$ 1,126 bilhão na terceira semana de junho. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados há pouco, o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,519 bilhões e importações de US$ 4,393 bilhões. No mês, o saldo é positivo em US$ 4,176 bilhões e, no ano, o superávit acumulado é de US$ 28,608 bilhões.
Nos próximos dias, estão programados também os resultados das transações correntes e Investimento Direto no País (IDP) de maio, na quarta; o IPCA-15, o relatório de Política Monetária (RPM) de junho e os dados do governo central de maio, na quinta; o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel na sexta-feira – veja mais sobre o calendário econômico da semana completo nesta matéria.
Bolsas europeias mostram sinais negativos; bolsas asiáticas ficam sem direção
As bolsas da Europa fecharam em baixa hoje, com uma sessão marcada pela atenção aos próximos passos do conflito envolvendo o Irã, seguindo os ataques americanos ao país persa no final de semana. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,33%, a 23.273,78 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,19%, a 8.758,04 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,69%, a 7.537,57 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 1,00%, a 38.840,51 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 baixou 0,47%, a 7.409,73 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam possível reação do Irã a ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas no fim de semana. O índice japonês Nikkei caiu 0,13% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,24% em Seul, a 3.014,47 pontos, e o Taiex registrou queda de 1,42% em Taiwan. Na China continental, por outro lado, o dia foi de ganhos: o Xangai Composto subiu 0,65%, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,95%,. O tom foi igualmente positivo em Hong Kong, onde o Hang Seng garantiu alta de 0,67%, a 23.689,13 pontos. Na Oceania, houve queda de 0,36% do S&P/ASX 200 em Sydney.
Dólar sobe e petróleo ficam voláteis
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje fechou em queda de 0,39%, a R$ 5,5032, enquanto o índice DXY, que compara a moeda americana com seis divisas fortes, cedeu 0,29% aos 98,416 pontos.
Em sessão volátil, os contratos futuros de petróleo recuaram, enquanto investidores aguardaram desdobramentos do ataque dos EUA a instalações nucleares iranianas no fim de semana. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para agosto fechou em queda de 7,22% (US$ 5,33), a US$ 68,51 o barril. O Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 6,67% (US$ 4,96), a 70,52 o barril.
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