Após abertura em alta discreta, o Ibovespa acelerou a velocidade há pouco, indo em direção aos 119 mil pontos. A valorização é puxada principalmente pelas ações de primeira linha, como Petrobras, Vale e de grandes bancos. Ao mesmo tempo, os rendimentos dos títulos americanos caem, influenciando os juros futuros e o dólar.
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“Sobe em função da queda dos Treasuries, do dólar e dos juros futuros. Os mercados estão à espera do comunicado do Fed”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. Ontem, o Índice Bovespa caiu 0,37%, aos 117.845,78 pontos, em dia de alta do dólar e principalmente dos juros futuros longos. Após cair, o petróleo mirava alta em Nova York, movimento seguido pelas ações da Petrobras, que informou que realizará o pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas referentes ao primeiro trimestre de 2023 nesta quarta-feira.
O minério fechou em alta de 0,46% em Dalian, mesmo após a China manter suas taxas de juros. A valorização beneficia as ações do setor na B3. Vale ON subia 0,80%. Petrobras avançava na casa de 0,80%. Mais do que focar nas decisões de política monetária dos Estados Unidos (15h) e do Comitê de Política Monetária (Copom), no início da noite, os investidores esperam sinais sobre os próximos passos dos juros nos respectivos comunicados. Nos EUA, é majoritária a expectativa de que o Fed deve manter a taxa básica de juros no nível entre 5,25% e 5,50%, mas também é consenso que deve deixar as “portas abertas” para novas altas se necessário, estima em nota a economista-chefe do TC, Marianna Costa.
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Além do comunicado, será importante acompanhar as projeções do Fed. A MCM Consultores estima que o Relatório de projeções econômicas do Fed traga revisão para cima do PIB de 2023, reduções na taxa de desemprego e da inflação do fim de ano e manutenção de mais uma elevação dos juros nos EUA.
O foco dos investidores no Brasil também ficará no comunicado do Copom, mas no caso da B3 os efeitos disso ficarão para o dia seguinte. A decisão sairá a partir das 18h30. A expectativa unânime e “já precificada” é de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 12,75% ao ano. “A atenção estará voltada para o comunicado, em especial a avaliação da atividade econômica, as suas projeções de IPCA e ao balanço de riscos que poderá incorporar o risco sobre o cumprimento das metas fiscais”, afirma a MCM em relatório. Ficam ainda no radar dúvidas fiscais.
O relator do Orçamento de 2024, o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), disse que tentará encontrar “um espacinho” para o reajuste de servidores nas contas do governo no ano que vem. Às 11h10, o Ibovespa subia 0,92%, aos 118.935,07 pontos, na máxima, após abertura aos 117.863,67 pontos e mínima aos 117.846,51 pontos, com variação zero. Em Nova York, as bolsas avançavam de forma moderada.