

O Ibovespa hoje fechou em forte alta, acima dos 130 mil pontos, estendendo o movimento de valorização da última sexta-feira (14), quando já havia saltado 2,64%. O principal índice da B3 encerrou em valorização de 1,46% aos 130.833,96 pontos nesta segunda-feira (17), depois de oscilar entre máxima a 131.313,48 pontos e mínima a 128.957,09 pontos.
O Ibovespa costurou o quarto ganho consecutivo – sua mais longa sequência vitoriosa desde agosto, o mês em que estabeleceu sua máxima histórica mais recente, na casa dos 137 mil – e testou os 131 mil pontos no melhor momento da sessão, marca que não era tocada no intradia desde 7 de novembro. Assim, no maior nível do ano pela segunda sessão seguida, e pela primeira vez tocando e superando os 130 mil em 2025, o Ibovespa encerrou hoje em alta de 1,46%, aos 130.833,96 pontos, atingindo os 131.313,48 no pico desta segunda-feira. O giro foi de R$ 23,1 bilhões na sessão, em que o Ibovespa saiu de abertura aos 128.959,10, nível quase equivalente à mínima do dia, aos 128.957,09 pontos. No mês, o índice avança 6,54% e, no ano, acumula ganho de 8,77%. No fechamento desta segunda-feira, marcava o maior nível de encerramento desde 28 de outubro passado, então aos 131.212,58 pontos.
“Mais um dia de bom humor por aqui: a prévia do PIB (IBC-Br) disparou e a curva de juros caiu rápido. Temos a expectativa de um novo pacote na China e isso anima o Brasil também, já que somos um grande fornecedor deles”, avaliou Felipe Sant’ Anna, especialista em investimentos do grupo Axia Investing, ao Broadcast.
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A economia brasileira cresceu 0,89% em janeiro, na comparação com dezembro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O resultado ficou acima do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,70%. A mediana era de 0,30%, e o piso, de -0,40%.
O mercado também acompanhou a divulgação de uma nova edição do Boletim Focus. A mediana do relatório para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 5,68% para 5,66%. Agora, está 1,16 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Já a projeção para a Selic no fim do ano permaneceu em 15,0% pela décima semana seguida, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (19).
No exterior, o destaque foi o anúncio de novas medidas de estímulo na economia chinesa. No domingo (16), o país asiático tornou público um plano de iniciativas especiais para impulsionar o consumo, fortalecer a demanda interna em todas as áreas e aumentar o poder de compra por meio da redução dos encargos financeiros.
Na Bolsa brasileira, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) dispararam 5,63% e estiveram entre os maiores ganhos do Ibovespa hoje. Os papéis da Vamos (VAMO3) e da Cosan (CSAN3) foram outros destaques positivos, subindo 6,08% e 4,42%, respectivamente. Do lado contrário do índice da B3, as ações da SLC Agrícola (SLCE3) cederam 3,92% e registraram a principal queda do Ibov. Frigoríficos, como Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) também se saíram mal, recuando 2,95%, 1,44% e 0,37%, respectivamente.
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De acordo com a análise gráfica do Itaú BBA, o Ibovespa segue indefinido no curto prazo, mas a um passo de retomar a trajetória altista. “Os índices americanos deram perspectiva de uma recuperação na última sexta-feira (14). O Ibovespa está próximo de retomar a trajetória altista o que pode colocar novamente o índice na rota de tomada de risco. Por ora, é momento de gerenciar o risco alocado, mas com um olho na possibilidade de retorno da alta”, afirma.
*Com informações do Broadcast