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Ibovespa sobe 2,17% e atinge melhor nível de fechamento deste mês

A bolsa acumulou ganho de 1,30% na semana

Ibovespa sobe 2,17% e atinge melhor nível de fechamento deste mês
Ibovespa 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

(Luís Eduardo Leal, Estadão Conteúdo) — Surfando o forte desempenho de Vale (ON +7,81%), siderurgia (CSN ON +8,87%) e, em menor medida, dos grandes bancos (BB ON +2,76%), o Ibovespa subiu hoje 2,17%, aos 112.300,41 pontos, atingindo assim o melhor nível de fechamento do começo deste mês de setembro e acumulando ganho de 1,30% na semana. O dia também foi de apetite por risco no exterior, desde a sessão asiática passando pela europeia até a americana, onde os ganhos chegaram a 2,11% em Nova York (Nasdaq) nesta sexta-feira – na semana, o índice de tecnologia avançou 4,14% e o amplo (S&P 500), 3,65%. Na B3, a alta de 1,30% ao longo da semana reverteu a perda de 1,28% observada no período anterior. Hoje, o Ibovespa oscilou entre mínima de 109.922,25, da abertura, e máxima de 112.539,89 pontos, com giro financeiro a R$ 28,7 bilhões. No mês, o índice sobe 2,54% e, no ano, 7,13%.

“No dia e na semana, o desempenho foi surpreendente aqui e no exterior, muito em função da percepção de que a inflação tenha já passado do pico, acomodando-se em direção, quem sabe, de 7% ou mesmo 6% ao ano. A moderação de ritmo da inflação tem se refletido nas curvas de juros, mesmo no exterior, o que explica o apetite recentemente visto em ações com maior exposição a juros, como as de varejo, em um otimismo talvez exagerado para o momento”, diz André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos.

Ele menciona a recuperação vista na semana mesmo em mercados com maior exposição à crise de energia – que inclui não apenas o fornecimento de gás russo mas também uma intensa seca – ainda em curso na Europa, como Frankfurt (no mês, DAX sobe 1,97%). “Parece haver um movimento de curto prazo induzindo esta recuperação, mas há razões para manter cautela. Houve, digamos, uma recuperação pontual com zero notícia positiva. Os juros no ponto em que estão favorecem colocar algum dinheiro no bolso, fazer caixa.”

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Luzbel considera que o Brasil tem fatores que favorecem o País a sair na frente caso a recuperação do apetite por renda variável se mantenha, especialmente pela exposição a commodities. “Observamos que o petróleo tem voltado rápido quando cai abaixo dos US$ 90 (hoje, o Brent subiu quase 4%, retomando a linha de US$ 92 por barril)”, diz. Ainda assim, nesta sexta-feira, Petrobras ON e PN ficaram perto da estabilidade no fechamento, mas em viés negativo (ON -0,17%, PN -0,03%), ambas acumulando perdas na casa de 4,8% na semana.

“A China não gosta de ficar pra trás, e com inflação controlada e juros mais baixos do que outras grandes economias, parece estar caminhando para estímulos fiscais, além dos monetários, para enfrentar a crise no setor de construção”, o que pode favorecer a recuperação dos preços do minério e, por consequência, de Vale e de ações da siderurgia, observa Luzbel. No ano, as ações da mineradora ainda cedem 2,88%, mesmo com a recuperação acima de 7% vista hoje na esteira de alta do minério na sessão, enquanto as perdas em nomes da siderurgia chegam a 41% (CSN ON e Usiminas PNA) em 2022.

Após a retomada do Ibovespa na semana, o quadro das expectativas do mercado financeiro sobre o comportamento das ações no curtíssimo prazo manteve-se inalterado no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a fatia dos que esperam alta para o Ibovespa na próxima semana permaneceu em 60,00% e a dos que acreditam em queda, em 20,00%. Outros 20% preveem estabilidade, mesmo porcentual da pesquisa anterior.

Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, destaque para Americanas (+9,31%), CSN (+8,87%), Vale (+7,81%) e Gol (+7,58%). No lado oposto, BRF (-2,49%), Minerva (-1,52%), Assaí (-1,31%) e Iguatemi (-1,14%).

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Na agenda doméstica, o ponto alto desta sexta-feira foi a deflação de 0,36% no IPCA em agosto, vindo o índice oficial de outra delação, de 0,68%, em julho. A deflação foi menor que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, negativa em 0,40%. O intervalo das previsões ia de queda de 0,55% a alta de 0,52%. No acumulado em 12 meses, a leitura do IPCA em agosto, a 8,73%, foi a menor desde junho de 2021 (8,35%).

“Os principais núcleos de inflação subiram em relação a julho, mas não o suficiente para configurar uma mudança na tendência que vemos desde a inflexão de maio”, observa em nota a Terra Investimentos.

“A deflação no headline foi garantida pelos cortes de preços de combustíveis, além do recuo nos preços de energia elétrica e passagens aéreas. Os núcleos de inflação, apesar de terem subido na margem, seguem em uma dinâmica muito mais benigna que a observada até maio”, reforça a casa.

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